Campo Grande sedia neste sábado (19), no Parque Jacques da Luz, no bairro Moreninhas, a edição especial do evento Ação Cidadania #TodosPorElas pelo Fim do Feminicídio. Com mais de 90 instituições públicas e privadas envolvidas, a ação terá mais de 300 serviços gratuitos voltados especialmente às mulheres em situação de violência. A mobilização foi detalhada nesta terça-feira (15), em uma reunião de alinhamento entre organizadores e parceiros, realizada no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

A proposta da iniciativa vai além da oferta de serviços: trata-se de um modelo de política pública integrada, como definiu a desembargadora Jaceguara Dantas da Silva, coordenadora da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJMS. “Não é um evento. É uma rede estratégica para salvar vidas e devolver dignidade a quem mais precisa. Queremos levar a Ação para além do centro e chegar aos bairros”, afirmou.

Com atendimento das 8h às 17h, a ação contará com orientações jurídicas, exames de saúde, serviços de assistência social, emissão de documentos, atendimentos na área de habitação, oficinas de capacitação profissional, espaços de lazer para crianças e atividades culturais. A ideia é reunir tudo em um só local, facilitando o acesso da comunidade, principalmente da população feminina em situação de vulnerabilidade.

União entre poder público e sociedade civil - A analista técnica do Sistema Fiems e coordenadora do evento, Vanessa Farias, apresentou aos participantes da reunião o mapa dos estandes e explicou o funcionamento do projeto. “Essa edição da Ação Cidadania é especial porque estamos juntando forças entre a iniciativa privada e o poder público para conscientizar sobre o fim da violência e mostrar a essas mulheres que existe uma rede de apoio para atendê-las”, disse.

Entre os realizadores do projeto estão o Sistema Fiems, TV Morena, Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa e o Governo do Estado, com apoio de entidades, empresas e lideranças comunitárias.

Presente na reunião, a primeira-dama do Estado, Mônica Riedel, reforçou que o evento será replicado em outras regiões da Capital e futuramente em outros municípios. “O combate à violência contra a mulher é feito transversalmente. Este evento é um passo importante em direção à dignidade das pessoas. A luta é para que as mulheres possam romper o ciclo da violência e encontrar um caminho seguro para seguir a própria vida”, afirmou.

A iniciativa tem como ponto de partida a campanha “Todos por Elas”, e a expectativa é transformar a ação em um modelo de mobilização permanente. O público-alvo são mulheres em situação de violência, mas o evento é gratuito e aberto a toda a população.