Lyon, de John Textor, tem recurso aceito e fica na 1ª divisão do futebol francês
Comitê de Apelações do órgão fiscalizador aceita recurso mantém equipe na elite após rebaixamento administrativo por questões financeiras
FUTEBOLO rebaixamento administrativo do Lyon foi anulado pela Federação Francesa de Futebol (FFF) nesta quarta-feira. O Comitê de Apelações do Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG) aceitou o recurso do clube e a tradicional equipe permanecerá na primeira divisão na temporada 2025/26.
O Lyon pertence à holding Eagle Football, rede multiclubes do empresário americano John Textor, dono da SAF do Botafogo e do RWDM Brussels, da Bélgica. Recentemente, o acionista renunciou ao comando do clube francês e nomeou o alemão Michael Gerlinger como CEO, e a sul-coreana naturalizada americana Michele Kang, que já havia comprado o time feminino do Lyon em 2023, para a presidência.
Gerlinger e, especialmente, Kang foram os responsáveis por articular a manutenção do Lyon na primeira divisão. Textor, por sua vez, concentra as atenções no Botafogo - o americano fechou a contratação de Davide Ancelotti, filho de Carlo Ancelotti, para o comando técnico.
"A nova gestão, apoiada pelo comprometimento e dedicação de nossos acionistas e credores, é extremamente grata por todo o apoio recebido dentro e fora do clube, incluindo de seus torcedores, funcionários, jogadores, parceiros e autoridades eleitas", escreveu o Lyon em nota oficial.
"A decisão de hoje é o primeiro passo para restaurar a confiança no Olympique Lyonnais. Agora podemos concentrar nossa atenção em nossos objetivos esportivos e nos preparar totalmente para a próxima temporada", completa o comunicado.
O rebaixamento administrativo do Lyon foi anunciado em 24 de junho. A decisão foi tomada pelo DNCG por questões financeiras graves enfrentadas pelo clube nas últimas temporadas. Em sua avaliação, o órgão esportivo decidiu que o clube não teria condições de cumprir com suas obrigações na próxima temporada europeia.
Segundo o jornal L'Équipe, o Lyon poderá contratar reforços e terá controle de folha de pagamento e compensação por transferências. Com a decisão, a equipe também está liberada para disputar a Liga Europa.
Em outubro de 2024, a Eagle Football anunciou um plano de recapitalização que visa a levantar US$ 1,1 bilhão (R$ 6,7 bilhões) como parte do processo para entrar na Bolsa de Valores de Nova York. A maior parte do valor seria para quitar as dívidas da holding por meio da venda da participação no Crystal Palace, cujas ações foram vendidas por Textor por R$ 1,4 bilhão, e por Oferta Inicial de Ações (IPO, sigla em inglês).