O Corinthians não conseguiu pagar os salários dos funcionários registrados em carteira, incluindo os jogadores do elenco principal, cujo vencimento estava previsto para terça-feira (8). A informação foi divulgada inicialmente pelo ge e confirmada pelo Estadão. A diretoria interina do clube trabalha para regularizar a situação até quarta-feira (10).

Mesmo com arrecadação superior a R$ 1 bilhão em 2023, o clube enfrenta sérias dificuldades de caixa. A atual gestão tenta evitar a repetição de atrasos salariais que marcaram outras crises do passado. Além da folha CLT, o Corinthians acumula dívidas com o elenco em relação a luvas, direitos de imagem e premiações ligadas ao Campeonato Brasileiro de 2024 e ao título do Campeonato Paulista.

A falta de fluxo financeiro atinge tanto o elenco masculino quanto o feminino. Jogadoras também aguardam o pagamento de premiações. Um dos episódios mais emblemáticos da crise envolve o atacante holandês Memphis Depay, que notificou o clube por um débito de R$ 6 milhões. Parte do valor foi quitada e o jogador se reapresentou normalmente na última semana.

Crise política e gestão interina - A situação financeira se soma a uma turbulência política. A diretoria atual, comandada por Osmar Stábile, assumiu interinamente após o afastamento do presidente Augusto Melo, que responde a um processo de impeachment. A acusação envolve irregularidades no contrato com a casa de apostas Vai de Bet, antiga patrocinadora do clube.

A decisão sobre a permanência de Melo no cargo será tomada em assembleia marcada para o dia 9 de agosto. Até lá, Stábile tem tentado reduzir os danos financeiros e administrativos da gestão anterior.

Enquanto os bastidores seguem conturbados, o elenco alvinegro recebeu folga nesta terça-feira (9). A reapresentação está marcada para quarta-feira (10), com foco no próximo compromisso pelo Campeonato Brasileiro. O Corinthians enfrenta o Red Bull Bragantino no sábado (13), às 19h, na Neo Química Arena. A partida será a primeira após a pausa para a Data Fifa.