Ricardo Eugenio | 08 de julho de 2025 - 09h28

Campo Grande quer voltar a ter boa nota financeira e aderir a plano federal

Nova fase da reforma administrativa busca liberar investimentos com apoio da Secretaria do Tesouro Nacional

TETO DE GASTOS
Vista aérea da Avenida Afonso Pena, principal corredor urbano de Campo Grande, onde os investimentos previstos pela nova fase da reforma administrativa devem impactar diretamente a infraestrutura da cidade. - (Foto: Divulgação)

A Prefeitura de Campo Grande vai dar mais um passo importante na organização das contas da cidade. Nesta terça-feira (8), será enviada à Câmara Municipal uma série de projetos ligados à nova etapa da reforma administrativa, com foco em melhorar a saúde financeira da Capital.

Essa fase tem como objetivo fazer com que a cidade possa aderir a programas do Governo Federal, como o Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal e o Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal. A adesão a esses programas depende do cumprimento de uma série de regras definidas pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), de acordo com a Lei Complementar 178/2021.

O que muda na prática? Se Campo Grande for aceita no programa, poderá investir mais em obras, pavimentação e melhorias para toda a cidade. Mas para isso, é necessário adotar medidas que aumentem o controle dos gastos e da receita.

Entre as mudanças estão:

  • Implantação de teto de gastos, limitando o aumento das despesas à inflação

  • Maior controle financeiro, com centralização dos recursos

  • Implantação de um leilão de pagamentos, sistema em que fornecedores podem oferecer descontos para receberem mais rápido

Essas ações ajudam a melhorar o chamado Capag, que é uma espécie de “nota” que o Governo Federal dá aos municípios de acordo com sua capacidade de pagamento. Quanto melhor a nota, maior a chance de conseguir novos investimentos e financiamentos.

O que vem sendo feito? Desde o começo do ano, a Prefeitura vem realizando mudanças para cortar gastos e modernizar a máquina pública. Segundo a gestão municipal, já foram economizados R$ 20 milhões com redução de pessoal, corte em aluguéis de imóveis, combustível e outros custos operacionais.

Com a reforma, a estrutura da Prefeitura foi enxugada em cerca de 30%, mas sem prejudicar os serviços prestados à população.

Próximos passos - Depois que os projetos forem aprovados na Câmara, o pacote será enviado à Secretaria do Tesouro Nacional, que tem até 30 dias para dar um parecer. Se tudo for aprovado, Campo Grande deve recuperar a capacidade de pagamento que perdeu há anos.

Com isso, será possível investir em projetos estratégicos para diferentes regiões da cidade, como reforçou a prefeita Adriane Lopes. “Estamos fazendo o que precisa ser feito pela nossa cidade, sempre com planejamento e responsabilidade”, declarou.