Carlos Guilherme | 07 de julho de 2025 - 12h00

Motorista denuncia golpe após frete de cosméticos entre Uberaba e Campo Grande

Pagamento antecipado não foi recebido e transportadora envolvida não responde aos contatos; caso foi registrado como estelionato

CAPITAL
Cepol da Capital. Carga de cosméticos foi carregada em Uberaba (MG), mas pagamento parcial do frete não foi repassado à motorista - (Foto: Reprodução)

Caso de estelionato envolvendo o transporte de uma carga de cosméticos entre Uberaba (MG) e Campo Grande foi registrado nesta segunda-feira (7), por volta das 10h50, na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac-Cepol), em Campo Grande. A vítima, uma caminhoneira que assumiu o serviço por meio de um aplicativo de frete, afirma ter sido enganada após o não recebimento do pagamento combinado.

De acordo com o boletim de ocorrência, o serviço foi contratado pelo valor de R$ 6 mil, com previsão de entrega em Campo Grande. A motorista, que estava em Minas Gerais, aceitou o serviço no dia 4 de julho e entrou em contato com a empresa, com quem teria combinado todos os detalhes da operação.

Durante as conversas, o nome de um suposto funcionário da contratante, foi mencionado como responsável pela postagem da carga no aplicativo. Ele teria garantido que o pagamento do adiantamento - prática comum em transportes - seria feito posteriormente. Após carregar o caminhão, a motorista não recebeu qualquer valor.

Ao procurar a empresa novamente, a informação passada foi que o pagamento só seria feito hoje. No entanto, ao entrar em contato com a contratante da carga, a motorista foi informada de que o pagamento já havia sido feito no valor de R$ 3.600, o equivalente a 60% do total. O comprovante foi apresentado pela própria contratante, que fez a transferência diretamente à transportadora.

Nesse momento, tanto a motorista quanto a contratante perceberam que algo estava errado. Elas tentaram novo contato com o suposto representante da transportadora, mas não obtiveram resposta. Com a suspeita de golpe, as vítimas procuraram a delegacia para registrar o caso.

Segundo relato da motorista, o caminhão utilizado na operação pertence ao seu irmão. Até o momento do registro da ocorrência, a entrega da carga ainda não havia sido concluída, e o veículo permanece retido, aguardando solução do impasse.

A Polícia Civil trata o caso como estelionato e deve apurar a identidade dos envolvidos, além da eventual responsabilidade da transportadora e dos intermediários que atuaram no processo.