Carlos Guilherme | 03 de julho de 2025 - 15h10

Vereadores aprovam orçamento de 2026 com foco em saúde, infraestrutura e educação

Lei de Diretrizes Orçamentárias recebeu 275 emendas e fixa as metas que irão orientar a aplicação do dinheiro público no próximo ano

LDO 2026
Vereadores de Campo Grande aprovam diretrizes orçamentárias para 2026 com foco em saúde, educação e infraestrutura. - (Foto: Izaias Medeiros)

Caminhos do orçamento de Campo Grande para 2026 começaram a ser definidos nesta quinta-feira (3) com a aprovação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) na Câmara Municipal. O texto, que recebeu 275 emendas dos vereadores, passou por duas sessões - uma ordinária e outra extraordinária - e agora segue para sanção ou veto da prefeita Adriane Lopes (PP).

A LDO serve como um guia para a elaboração do orçamento do ano seguinte. É com base nesse conjunto de diretrizes que a prefeitura deve montar a LOA (Lei Orçamentária Anual), documento que especifica como os recursos públicos serão distribuídos e aplicados. A LDO também precisa estar alinhada ao PPA (Plano Plurianual), que estabelece metas de médio prazo da administração municipal.

Discussão intensa e recorde de emendas - A proposta enviada pelo Executivo municipal, sob o número 11.777/25, passou por modificações a partir das sugestões dos parlamentares. No total, foram 317 emendas apresentadas, sendo 34 consideradas inadequadas e 6 aglutinadas. Ao final da tramitação, 275 foram aprovadas.

O relator da matéria, vereador Otávio Trad (PSD), que também preside a Comissão Permanente de Finanças e Orçamento, entregou o relatório final no fim de junho. “Foi um número recorde de emendas. Mostra que a atual legislatura está comprometida com as demandas da cidade. E tivemos um número pequeno de inaptas, por questões formais”, afirmou.

Vereadores de Campo Grande aprovaram a LDO de 2026 com 275 emendas após sessões com debates sobre investimentos e prioridades

As emendas aprovadas abordam áreas como saúde, mobilidade urbana, educação, segurança, habitação e meio ambiente. Há, por exemplo, propostas para ampliação de ciclovias, drenagem urbana, contenção de enchentes, casa de parto humanizado, construção de hospital veterinário, contratação de profissionais da saúde e preservação de parques.

Um dos pontos mais debatidos foi o limite para abertura de créditos suplementares - mecanismo que permite movimentar recursos dentro do orçamento sem necessidade de novo projeto de lei. A proposta original da prefeitura previa autorização de até 30% do orçamento para essa finalidade.

A Câmara decidiu reduzir esse percentual para 15%, conforme sugestão da própria Comissão de Finanças. Emendas que buscavam limitar esse percentual a 10%, apresentadas pelos vereadores Dr. Lívio, Marquinhos Trad e vereadora Luiza Ribeiro, foram rejeitadas em plenário.

Durante a votação, foi incorporada ao relatório final uma nova emenda proposta pelo vereador Jean Ferreira, que impede o bloqueio de verbas destinadas a programas de proteção ambiental, salvo quando houver impedimentos legais. A inclusão foi aprovada por unanimidade.