Por conta de problema no pulmão, Diogo Jota viajava de carro para Inglaterra quando sofreu acidente
A condição pulmonar exigiu uma cirurgia e afastou o jogador de voos comerciais por pelo menos um mês e meio
MORTE DE JOTAO atacante português Diogo Jota, de 28 anos, morreu na madrugada desta quinta-feira (3) em um acidente de carro no noroeste da Espanha, enquanto viajava de volta para a Inglaterra. Segundo o fisioterapeuta respiratório Miguel Gonçalves, que acompanhava sua recuperação, o atleta optou por fazer o trajeto de cerca de 20 horas por terra devido a restrições médicas após tratar um pneumotórax.
A condição pulmonar exigiu uma cirurgia e afastou o jogador de voos comerciais por pelo menos um mês e meio, por causa do risco de descolamento da pleura provocado por variações de pressão. Por isso, Jota fez o trajeto entre Portugal e Inglaterra de carro e ferry boat.
De acordo com Gonçalves, a viagem para a Inglaterra seria feita da mesma forma que a de ida a Portugal, onde o jogador se casou há cerca de duas semanas. Jota havia partido de Porto ao lado do irmão André Silva, de 26 anos, que também morreu no acidente. Eles planejavam embarcar em Santander, no norte da Espanha, com destino a Plymouth, no sul do Reino Unido, e seguir até Liverpool de carro.
O acidente aconteceu na rodovia A-52, na altura da região de Sanabria, quando o carro em que estavam – um Lamborghini Huracán – saiu da pista após o estouro de um pneu e pegou fogo. A Guarda Civil espanhola confirmou que ambos morreram no local.
O jogador, que atuava no Liverpool desde 2020, deixou esposa e três filhos. Ele era nome frequente nas convocações da seleção portuguesa, pela qual disputou 47 partidas e marcou 14 gols.
A tragédia chocou o futebol europeu e gerou grande comoção nas redes sociais. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, foi um dos que lamentaram a morte precoce do atleta.