Redação | 02 de julho de 2025 - 16h55

Corpo de Juliana Marins será velado nesta sexta após nova necropsia

Publicitária morreu ao cair em cratera de vulcão na Indonésia; família contesta laudo oficial e aguarda resultado de perícia brasileira

NACIONAL
Juliana Marins durante viagem registrada pouco antes do acidente na Indonésia - (Foto: Reprodução)

Velório da publicitária Juliana Marins, de 34 anos, será realizado nesta sexta-feira (4), em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A cerimônia será aberta ao público entre 10h e 12h no Cemitério e Crematório Parque da Colina. Depois disso, o local será reservado a familiares e amigos próximos até as 15h.

Juliana morreu no dia 21 de junho ao cair na cratera do Monte Rinjani, um vulcão ativo na ilha de Lombok, na Indonésia. A publicitária morava em Niterói e estava no país asiático para uma viagem de lazer.

Na manhã desta quarta-feira (2), o corpo de Juliana passou por nova necropsia no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Rio de Janeiro. O procedimento foi realizado por dois peritos da Polícia Civil, com acompanhamento de um médico da Polícia Federal e de um assistente técnico contratado pela família.

O objetivo do novo exame é revisar e, se necessário, contestar o laudo elaborado por autoridades indonésias, que apontaram hemorragia interna por trauma contundente como causa da morte. O resultado preliminar da necropsia brasileira deverá ser divulgado em até sete dias.

Família contesta versão indonésia - A família de Juliana solicitou a nova perícia por desconfiar da versão oficial apresentada pelo governo da Indonésia. Segundo o relatório médico do país asiático, a brasileira morreu entre 12 e 24 horas antes de ser levada ao necrotério, após sofrer lesões graves nos órgãos internos. A morte teria ocorrido em até 20 minutos após o início da hemorragia.

No entanto, o corpo de Juliana só foi resgatado no dia 25, quatro dias após o acidente, o que gerou questionamentos sobre o tempo de resposta das autoridades e sobre a real possibilidade de socorro.

Juliana caiu na cratera do Monte Rinjani na manhã de sábado (21). Seu paradeiro só foi confirmado na segunda-feira (23), após ser localizada por um drone com sensor térmico. As equipes de resgate chegaram ao local no dia seguinte, terça-feira (24), quando a brasileira já havia falecido. O corpo só foi removido na quarta-feira (25), devido às dificuldades do terreno vulcânico.

O corpo de Juliana desembarcou no Brasil na terça-feira (1º), no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, vindo de Bali, na Indonésia. A etapa final do transporte até o Rio foi feita pela Força Aérea Brasileira (FAB), com apoio logístico da Prefeitura de Niterói, que arcou com os custos da repatriação.

Em homenagem à jovem, a prefeitura de Niterói anunciou a renomeação de uma trilha e de um mirante da cidade com o nome de Juliana Marins.