Carlos Guilherme | 01 de julho de 2025 - 16h10

Operação nacional faz varredura em presídios de MS para combater comunicação entre facções

Ação mira celulares usados para comandar crimes de dentro das cadeias; Campo Grande foi o ponto de partida no Estado

'MUTE'
Agentes penitenciários durante revista no Instituto Penal de Campo Grande na 8ª fase da Operação Mute. - Foto: Divulgação/Agepen-MS

Unidades prisionais de Mato Grosso do Sul passam nesta semana por uma série de inspeções rigorosas como parte da 8ª fase da Operação Mute, considerada a maior ação simultânea de combate ao crime organizado dentro de presídios no País. Os trabalhos começaram na manhã de ontem (30), no Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), e seguem em outras unidades do Estado.

A mobilização é coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça, com foco em impedir que presos mantenham contato com membros de facções do lado de fora.

Presídios de MS passam por varreduras contra celulares usados por facções; ação integra 8ª fase da Operação Mute.

Durante as revistas, agentes penitenciários vasculham celas e pavilhões em busca de celulares, principal ferramenta utilizada por integrantes de facções para coordenar crimes mesmo dentro das unidades prisionais. A operação tem como objetivo bloquear essas comunicações e, com isso, reduzir ações criminosas nas ruas.

Segundo os organizadores, a Operação Mute é resultado de um esforço conjunto entre os entes federativos, reunindo equipes de inteligência e táticas especializadas. O nome da operação faz referência à ideia de “silenciar” os comandos criminosos oriundos de dentro das penitenciárias.

O avanço da operação em Mato Grosso do Sul reforça a estratégia de enfraquecer o crime organizado com foco em inteligência e cooperação institucional. A expectativa das autoridades é de que a repressão ao uso de celulares contribua diretamente para o controle das facções e, por consequência, na queda dos índices de violência.

 

Em Mato Grosso do Sul, a força-tarefa é executada pela Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Gisp) e pela Diretoria de Operações (DOP) da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), com apoio do Comando de Operações Penitenciárias (COPE) e presença de representante da Senappen.