Trilha em parque onde brasileira morreu é reaberta na Indonésia sob críticas por falhas no resgate
Após morte de Juliana Marins durante caminhada no Monte Rinjani, autoridades reabrem acesso sem esclarecer mudanças na segurança
MUNDOTrilha de escalada no Monte Rinjani, um dos destinos mais procurados da Indonésia, foi reaberta ao público neste sábado (28), uma semana após o acidente que causou a morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, durante caminhada na região do vulcão. A retomada das atividades no parque, localizado na Ilha de Lombok, ocorre em meio a críticas nas redes sociais e questionamentos sobre as falhas na operação de resgate da jovem.
Juliana estava desaparecida desde o último sábado (21), quando sofreu uma queda durante a trilha. Seu corpo foi localizado apenas na terça-feira (24). Imagens feitas por drones por outros turistas indicam que a jovem não faleceu imediatamente após o acidente. De acordo com o laudo médico, a morte teria ocorrido cerca de 20 minutos após o impacto da queda, mas não foi informado o momento exato em que isso se deu.
Em publicação nas redes sociais, a administração do parque anunciou a liberação do trajeto sem mencionar o caso da turista brasileira. O texto apenas orienta os visitantes a seguirem rotas oficiais e priorizarem a segurança. Nenhuma informação foi fornecida sobre eventuais mudanças nos protocolos de emergência ou na estrutura de apoio aos visitantes.
Nos comentários da postagem, seguidores questionaram a postura das autoridades locais e cobraram transparência sobre as medidas adotadas para evitar novos acidentes. "O que mudou desde a morte da turista?", perguntou uma usuária. Outros comentários mencionam o histórico de trilhas perigosas no local e pedem reforço nos cuidados com guias, sinalização e meios de comunicação durante a subida.
Resgate sob suspeita - O caso gerou repercussão internacional, não apenas pela tragédia, mas também pelas acusações de negligência. Familiares e internautas criticaram a demora na atuação das equipes de resgate. A ausência de recursos básicos, como helicópteros e equipamentos tecnológicos, teria comprometido as chances de encontrar Juliana com vida. Ela chegou a cair mais de uma vez enquanto aguardava socorro.
Desde o início da busca, houve cobrança por mais agilidade nas ações e pelo uso de tecnologias como drones — que, de fato, acabaram sendo fundamentais para a localização da brasileira. No entanto, esse recurso só foi acionado com apoio de terceiros, o que evidenciou a falta de preparo oficial.
O Monte Rinjani é o segundo ponto mais alto da Indonésia e atrai aventureiros do mundo inteiro. Suas trilhas oferecem paisagens deslumbrantes, mas são também desafiadoras e exigem preparo físico e orientação técnica. Após o acidente, o destino entrou no radar de debates sobre turismo seguro em áreas de risco.