Lula anuncia novo decreto para custear traslado de Juliana Marins
Presidente afirmou que vai revogar norma de 2017 que impede gastos do governo com repatriação de corpos de brasileiros mortos no exterior
NACIONALO presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira, 26, que vai substituir o decreto que impede que o governo brasileiro custeie o traslado do corpo de Juliana Marins, morta após cair em uma trilha no vulcão Rinjani (Indonésia), por uma nova norma que autorize a operação.
Durante evento na Favela do Moinho, em São Paulo, o presidente esclareceu que um decreto de 2017 proíbe que o Ministério das Relações Exteriores pague o translado de brasileiros mortos no exterior. Diante disso, ele afirmou que vai revogar o texto, além de editar um novo decreto permitindo o custeio.
"Vou revogar esse decreto e vou fazer outro decreto para que o governo brasileiro possa custear a vinda dessa jovem. Hoje pela manhã eu falei com o pai dela", disse Lula. "Sei que muita gente está acompanhando pela internet o sofrimento dessa moça e o sofrimento da família. Portanto, nós vamos cuidar de todos os brasileiros, esteja ele onde estiver", completou.
Natural de Niterói (RJ), a brasileira Juliana Marins, de 27 anos, que na última sexta-feira, 20, caiu enquanto fazia uma trilha próxima de um vulcão na Indonésia, foi encontrada morta na terça-feira, 24, conforme divulgou a família pelas redes sociais.
A família acredita que houve "grande negligência" nas buscas, marcadas por tentativas frustradas de chegar até a vítima. Além disso, segundo testemunhas, Juliana teria sido deixada para trás pelo guia contratado para o passeio. O desaparecimento foi notado somente horas depois.
O governo da Indonésia, responsável pelo Parque Nacional do Monte Rinjani, onde fica a trilha e o vulcão, justificou a demora dizendo que "a evacuação envolveu a colaboração entre diversas agências e voluntários, trabalhando em terreno extremo com clima imprevisível".