Carlos Guilherme | 25 de junho de 2025 - 17h20

Projeto de Salineiro propõe exibição de vídeos antidrogas nas escolas de Campo Grande

Proposta sugere uso de conteúdo audiovisual a partir do 5º ano do ensino fundamental como ferramenta de prevenção

CAPITAL
Vereador André Salineiro durante sessão na Câmara de Campo Grande, onde defende projeto de combate às drogas nas escolas - (Foto: Izaias Medeiros)

Iniciativa do vereador André Salineiro (PL) quer tornar obrigatória a exibição de vídeos educativos sobre os riscos do uso de drogas em escolas públicas e privadas de Campo Grande. A proposta foi protocolada na Câmara Municipal e tem foco em alunos do 5º ano do ensino fundamental em diante.

A medida busca ampliar a prevenção ao consumo de substâncias ilícitas entre crianças e adolescentes por meio de linguagem acessível e impacto visual. Segundo o projeto, os materiais devem abordar temas como as consequências do uso de drogas, relação com a violência e acidentes, e também a importância da família no processo de conscientização.

Conteúdo com apoio de secretarias - Pelo texto, os vídeos deverão ser elaborados com apoio da Secretaria Municipal de Educação e da Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social. As produções incluirão ainda o número do Disque Denúncia (181), com ênfase na garantia de sigilo da ligação, para incentivar denúncias anônimas sobre tráfico e aliciamento.

“Crianças e adolescentes precisam de informação clara, acessível e impactante. O audiovisual tem um enorme poder de influência nessa faixa etária”, argumenta Salineiro, que também atua há mais de uma década em palestras sobre planejamento de vida e prevenção ao uso de drogas.

O vereador defende que a escola tem papel estratégico na proteção dos jovens. “É na formação que conseguimos fortalecer a consciência dos alunos e prevenir o envolvimento com entorpecentes. Não podemos economizar esforços nessa missão”, diz.

A proposta fundamenta-se no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e em princípios constitucionais que garantem prioridade absoluta na proteção da infância e adolescência, especialmente no direito à saúde, à vida e à educação.

O projeto ainda precisa passar pelas comissões da Câmara antes de ir a votação no plenário. Caso seja aprovado, caberá ao Executivo regulamentar a aplicação da nova regra nas instituições de ensino da capital.