Fernanda Kintschner | 25 de junho de 2025 - 12h50

Assembleia de MS instala usina solar e mira economia e energia limpa até 2050

Sistema fotovoltaico já está em operação e deve zerar consumo da Casa de Leis a partir do segundo semestre

CASA DE LEIS
Painéis solares ocupam o teto da Assembleia Legislativa e vão gerar energia suficiente para abastecer todo o prédio - (Foto: Divulgação)

Com o objetivo de reduzir custos e reforçar o compromisso ambiental, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) inaugurou nesta quarta-feira (25) uma usina de energia solar fotovoltaica capaz de suprir toda a demanda do prédio atual e de futuras instalações.

Instalado sobre uma área de 6.100 m² no teto da sede do Legislativo, em Campo Grande, o sistema possui 1.907 módulos solares e 8 inversores, somando potência de 1,30 megawatt-pico (MWp). A geração anual estimada é de 1,9 milhão de kWh — volume suficiente para cobrir os cerca de R$ 110 mil gastos mensalmente com energia elétrica.

Assembleia de MS inaugura usina solar que vai zerar custo de energia e reforçar meta ambiental até 2050

A previsão é que o retorno financeiro do investimento ocorra em poucos meses, segundo o primeiro secretário da Casa, deputado Paulo Corrêa (PSDB). “Projetamos a usina com margem de 25% a mais do que o necessário, pensando no crescimento até 2050. A expectativa agora é zerar a conta de energia já na volta do recesso parlamentar”, disse o parlamentar.

Economia e visão de longo prazo - Durante a solenidade, o presidente da Assembleia, Gerson Claro (PP), afirmou que a nova estrutura faz parte de uma gestão com foco em sustentabilidade e planejamento. “Estamos preparando a Assembleia para os próximos 20 anos. Além de economizar recursos públicos, contribuímos com a meta do estado de atingir a neutralidade de carbono até 2030”, destacou.

Gerson também reconheceu os avanços realizados pela gestão anterior, que reformou áreas estruturais do prédio, como encanamento e piso, criando as condições para a instalação do novo sistema energético.

Responsável pela instalação do sistema, a empresa MS Energy Engenharia executou o projeto em cerca de 60 dias. Foram utilizados módulos fotovoltaicos da marca Risen (modelo 695Wp) e inversores Sungrow (110kW). O arquiteto Neder Schabib Peres, da equipe da ALEMS, explicou que o processo foi célere e altamente técnico.

“O projeto foi concluído rapidamente. Instalamos os módulos, ligamos a subestação e já recebemos a aprovação da concessionária para começar a produção ainda este mês”, disse.

Segundo Paulo Corrêa, a Assembleia também avalia a aquisição de baterias para armazenar energia e garantir fornecimento em dias de pouca insolação ou instabilidade elétrica. O prédio da Assembleia já havia passado por readequações para reduzir o impacto ambiental, como a construção de um estacionamento vertical que evitou o corte de árvores.