Homem é executado a tiros em emboscada em Campo Grande e carro usado no crime é incendiado
Vítima foi atingida por disparos de pistola 9mm em via pública; veículo usado pelos criminosos foi encontrado queimado no Portal Caiobá
CRIMEHaroldo dos Santos Gil, de 44 anos, foi morto na noite deste sábado (22), vítima de uma emboscada armada por dois homens que o aguardavam em um carro na região do Jardim Aeroporto, em Campo Grande (MS). Ele foi atingido por pelo menos três tiros no peito e um na perna, não resistiu aos ferimentos e morreu pouco depois de ser levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Almeida. O carro usado na execução foi encontrado completamente incendiado cerca de uma hora depois, no Bairro Portal Caiobá.
O crime ocorreu por volta das 19h, quando Haroldo caminhava pela Avenida Wanderlei Pavão, subindo em direção à Avenida Júlio de Castilho. Segundo uma testemunha, ele foi surpreendido por um veículo VW Fox preto, de onde desceu um homem armado que atirou diversas vezes contra ele. Logo em seguida, o motorista também saiu do veículo e disparou novamente. Após os disparos, os dois homens fugiram no mesmo carro.
Ao chegar à cena do crime, a Polícia Militar encontrou o local com marcas de sangue e várias cápsulas espalhadas pela calçada. A perícia técnica da Polícia Civil contabilizou 11 cápsulas de pistola calibre 9mm, uma munição intacta e um projétil que foi retirado do corpo da vítima durante o atendimento médico.
Apesar de ter sido socorrido por pessoas próximas, Haroldo não resistiu aos ferimentos. O boletim de ocorrência detalha que ele foi atingido por três disparos no peito, além de um tiro na perna.
Carro queimado foi localizado horas depois - Menos de uma hora após o atentado, a Polícia recebeu nova chamada: um carro em chamas havia sido avistado na Rua Jatobeiro, no Bairro Portal Caiobá. O veículo era o mesmo VW Fox usado na execução de Haroldo. O fogo foi controlado pelo Corpo de Bombeiros, e o automóvel foi periciado antes de ser encaminhado ao pátio da Depac Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).
A tática de incendiar o veículo é comumente usada em crimes de execução para eliminar vestígios como impressões digitais e eventuais evidências de DNA. Ainda não se sabe se o carro possuía algum tipo de adulteração, como placas clonadas ou chassi raspado.
Polícia busca imagens e testemunhas - Equipes do GOI (Grupo de Operações e Investigações) estiveram no local do crime e, desde então, iniciaram as diligências para localizar imagens de câmeras de segurança que possam ajudar a identificar os autores. Testemunhas já começaram a ser ouvidas, e a Polícia trabalha com a hipótese de que o crime tenha sido uma execução planejada.
Até o momento, a motivação do crime ainda é desconhecida. Haroldo não possuía passagens recentes pela polícia, segundo informações preliminares. O caso foi registrado como homicídio qualificado e segue em investigação pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. A Polícia solicita que qualquer pessoa que tenha informações sobre o caso entre em contato, de forma anônima, pelos canais de denúncia.