Secretários de MS voltam ao Brasil depois de ficarem presos em Israel por causa da guerra com o Irã
Secretários de Mato Grosso do Sul chegam a Campo Grande depois de ficarem presos em Israel por causa de guerra com o Irã
RETORNO PARA CASAOs três secretários do governo de Mato Grosso do Sul que estavam presos em Israel por causa da guerra com o Irã chegaram a Campo Grande na tarde desta sexta-feira (20). Eles voltaram ao Brasil uma semana depois do início do conflito, que começou na sexta-feira passada (13).
A comitiva foi recebida por parentes e amigos no Aeroporto Internacional de Campo Grande. Nenhum dos três quis falar com a imprensa. Eles chegaram num voo da companhia Latam, vindo de São Paulo. Antes de embarcar, uma das secretárias publicou em rede social: “Pousando em solo brasileiro. Uma grande bênção”.
Os secretários que voltaram são Ricardo Senna, da área de Ciência, Tecnologia e Inovação; Crhistinne Maymone, da Saúde; e Marcos Espíndola, que trabalha com tecnologia da informação. Todos são do governo estadual.
À esquerda, secretário Ricardo Senna no desembarque; à direita, familiares recebem a comitiva com abraços no Aeroporto de Campo Grande.
Cinco dias em hotel e bunker - Durante os cinco dias em que ficaram em Israel, o grupo alternou a estadia entre o hotel e um bunker — local usado como abrigo em situações de emergência. Eles relataram momentos de medo, especialmente à noite, quando as sirenes tocavam para alertar sobre possíveis ataques.
Na quarta-feira (18), eles cruzaram a fronteira de Israel para a Jordânia por terra, com apoio de autoridades israelenses. De lá, embarcaram num voo comercial que passou por São Paulo antes de chegar a Campo Grande.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o secretário Ricardo Senna resumiu a sensação do grupo: “O pesadelo acabou”.
Missão oficial virou drama - O grupo estava em missão oficial representando o governo de Mato Grosso do Sul na Expo Muni e no Consórcio Brasil Central — eventos que discutem temas como cidades inteligentes e cooperação entre estados. A viagem, que deveria ser institucional, virou uma corrida para sair do país em segurança.
Além dos três secretários sul-mato-grossenses, outras dez autoridades brasileiras estavam no mesmo voo, incluindo o governador de Rondônia, Marcos Rocha, e secretários do Distrito Federal e de Goiás.
Todos saíram da Jordânia porque o espaço aéreo de Israel continua fechado por causa da guerra.
Itamaraty monitora a situação - O Ministério das Relações Exteriores informou que ainda acompanha a situação de 56 brasileiros que estão em missão religiosa na Galileia, além de outros turistas que procuraram ajuda para sair da região.
O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, acompanha de perto o caso. O Itamaraty não descarta organizar um voo de resgate, caso as condições de segurança permitam.
Mesmo sem dar detalhes, o governo brasileiro afirmou que segue em contato com países vizinhos para garantir a saída de todos os brasileiros que ainda estão na região afetada pelo conflito. Eles devem retomar suas atividades nos próximos dias.