Atlético de Madrid vence Seattle Sounders e vai decidir vaga no Mundial com o Botafogo
Time carioca será o adversário da equipe comandada por Simeone na rodada final do Grupo B
MUNDIAL DE CLUBESDepois de uma estreia apagada diante do PSG, o Atlético de Madrid respondeu com autoridade e conquistou sua primeira vitória no Mundial de Clubes, ao bater o Seattle Sounders por 3 a 1, nesta quinta-feira, no Seattle Field, pela segunda rodada do Grupo B. O resultado mantém o time espanhol vivo na briga por uma vaga nas oitavas de final e aumenta a pressão sobre o Botafogo, seu adversário na última rodada da fase de grupos.
Com os três pontos conquistados, o Atlético segue na disputa e dependerá apenas de si para avançar. Já o Seattle, que sofreu a segunda derrota consecutiva, permanece zerado e precisa de uma combinação improvável de resultados - incluindo uma vitória sobre o PSG - para ainda sonhar com classificação.
Com controle territorial e imposição técnica, o Atlético de Madrid dominou amplamente as ações na primeira etapa. A equipe espanhola mostrou desde os primeiros minutos uma postura agressiva, com marcação alta e volume ofensivo constante, sufocando o time norte-americano em seu próprio campo. A superioridade se traduziu em finalizações, mas não em vantagem confortável no placar.
O gol veio cedo, aos 10 minutos, em um belo chute de fora da área de Barrios, que aproveitou espaço na intermediária e acertou o canto, sem chances para Frei. A partir daí, o Atlético manteve o ritmo e criou outras boas oportunidades para ampliar. Sörloth teve duas delas: na primeira, finalizou por cima do travessão em lance cara a cara; na segunda, parou em defesa do goleiro adversário. Julián Álvarez, logo no início, também desperdiçou chance promissora após jogada individual.
Com dificuldades para sair jogando e pouca circulação no meio-campo, o Seattle praticamente não passou do meio de campo. A equipe de Brian Schmetzer demorou a entender os espaços e só começou a oferecer algum risco a Oblak já na reta final da etapa. Ainda assim, a reação foi tímida, e o Atlético manteve o controle do jogo mesmo sem transformar a superioridade em placar mais dilatado.
Se no primeiro tempo o Atlético de Madrid havia pecado na finalização, no início da segunda etapa a equipe mostrou pontaria e precisão. Logo no minuto inicial, uma jogada que pareceu treinada em detalhes resultou no segundo gol. Llorente acertou um chute violento de fora da área, a bola explodiu no travessão e, no rebote, Normand teve presença de área para ajeitar de cabeça. Witsel apareceu sozinho para completar e ampliar, com tranquilidade, para o gol vazio.
A resposta do Seattle foi rápida e eficaz. Aos cinco, em rara ação bem coordenada no campo ofensivo, Vargas cruzou para a área, Musovski escorou de cabeça e Rusnák, aproveitando desvio mal cortado por Normand, bateu firme no canto para vencer Oblak e recolocar os norte-americanos no jogo. Foi o único momento em que o time da casa pareceu de fato capaz de desafiar o domínio espanhol.
Mas qualquer tentativa de reação foi rapidamente contida. Quatro minutos depois, o Atlético aproveitou uma desatenção coletiva da defesa adversária para matar o jogo. Em cobrança de lateral simples, Sörloth usou bem o corpo para proteger a bola, que sobrou limpa na segunda trave. Barrios apareceu livre e, com um leve toque de categoria, marcou seu segundo gol na partida e deu números finais ao placar.
Com a vantagem restaurada, o time de Diego Simeone voltou ao controle que lhe é característico. Sem pressa, reforçou o meio-campo, reduziu os espaços e neutralizou qualquer tentativa de retomada do Seattle. A entrada de reservas deu novo fôlego ao sistema defensivo, enquanto o ataque passou a explorar os espaços com menos intensidade, mas com consciência de jogo administrado.