Crime ocorreu dentro da casa do casal; Sindicato dos Vigilantes emite nota de repúdio e alerta para saúde mental dos trabalhadores da categoria.

Na noite de quarta-feira (18), o vigilante Eberson da Silva, 31, atirou na esposa de 27 anos e, em seguida, cometeu suicídio dentro da residência do casal, no bairro Jaime Medeiros, em Nova Alvorada do Sul.

Segundo a Polícia Civil, o homem saiu mais cedo do trabalho em uma agência bancária da cidade, portando indevidamente a arma funcional — um revólver calibre .38. A investigação aponta indícios de premeditação, já que o vigilante levava munições extras na mochila e já havia ameaçado a vítima anteriormente.

Antes de cometer o suicídio, ele efetuou dois disparos contra a esposa, e a atingiu no tórax e no pescoço. Ela foi socorrida em estado gravíssimo pelo Corpo de Bombeiros e levada ao Hospital Municipal. Devido à gravidade dos ferimentos, foi transferida em vaga zero para a Santa Casa de Campo Grande, onde passou por cirurgia e segue internada.

Em fevereiro deste ano, o agressor já havia sido preso após espancar e ameaçar de morte a companheira. Na ocasião, ele chegou a dizer que ela seria “mais uma vítima de feminicídio”, conforme relatos no boletim de ocorrência. Mesmo após a prisão, ele foi solto dias depois.

Posicionamento do sindicato - Diante do crime, o Sindicato dos Empregados em Empresas de Segurança, Vigilância e Transporte de Valores de Mato Grosso do Sul (SEESVIG/MS) emitiu uma nota de repúdio, lamentando o episódio e reforçando que nenhuma dificuldade emocional, financeira ou psicológica pode justificar atos de violência.

Na manifestação pública, o sindicato se colocou à disposição para ouvir e acolher vigilantes que estejam passando por crises emocionais ou enfrentando problemas de saúde mental. “Seguiremos lutando pela vida, pela dignidade e pelo respeito”, destaca o comunicado. Com informações do site Alvorada Informa.