19 de junho de 2025 - 14h40

Trump diz que decidirá sobre participação americana na guerra Israel-Irã em 2 semanas

Decisão ocorre em meio a pressões internacionais e risco de escalada militar no Oriente Médio

INTERNACIONAL
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, ao lado do presidente Donald Trump em Morristown, Nova Jersey. - Foto: Andrew Caballero-Reynolds/AFP

Após se reunir pela terceira vez em três dias com seus principais assessores de segurança nacional na Casa Branca para discutir a guerra entre Israel e Irã, o presidente americano Donald Trump declarou que tomará uma decisão sobre a participação dos EUA no conflito em até duas semanas.

 

“Com base no fato de que há uma chance substancial de negociações que podem ou não ocorrer com o Irã no futuro próximo, tomarei minha decisão sobre ir ou não nas próximas duas semanas”, disse Trump por meio de um comunicado lido por sua secretária de imprensa, Karoline Leavitt.

A decisão de Trump de adiar um posicionamento sobre o envolvimento americano na guerra ocorre depois de diplomatas europeus e iranianos marcarem uma reunião na sexta-feira em Genebra, na Suíça, para discutir o conflito e o futuro do programa nuclear iraniano.

China e Rússia, dois dos principais aliados do Irã, também aumentaram a pressão por uma saída diplomática para o conflito nos últimos dias.

O prazo dado por Trump vem a público depois de o presidente exigir publicamente a rendição incondicional do Irã e de ameaças feitas ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei. Apesar da retórica dura, o republicano evitou autorizar um envolvimento na guerra, depois de cisões em sua base de apoio interna virem a público e de informações de inteligência revelarem que ativos americanos no Oriente Médio estariam vulneráveis a retaliações do Irã.

O conflito iniciado por Israel para pôr fim ao programa nuclear iraniano completou uma semana nesta quinta-feira, 19. Desde o início da ofensiva, os israelenses mataram os principais cientistas nucleares iranianos e a cúpula militar do país, além de destruir parte das instalações atômicas.

Apesar do sucesso da campanha, no entanto, uma destruição completa do projeto só pode ser alcançada com auxílio militar americano, já que os EUA são o único país com bombas capazes de penetrar as montanhas nas quais o Irã construiu essas usinas.

Além disso, as defesas aéreas israelenses, que tem defendido a maior parte das retaliações iranianas com mísseis balísticos, estão sob pressão, o que também aumenta a necessidade de ajuda americana. / AP E NET