Lula visita sede da Interpol na França e recebe medalha por atuação contra o crime transnacional
Durante cerimônia em Lyon, presidente brasileiro firma acordo de cooperação com entidade e apoia criação de força-tarefa global
MUNDOPresidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta segunda-feira (9) de cerimônia na sede da Interpol, em Lyon, na França, onde foi formalizado um acordo de cooperação entre o Brasil e a organização internacional de polícia criminal. A visita marcou o fortalecimento das ações conjuntas no combate às organizações criminosas que operam além das fronteiras nacionais, especialmente na América do Sul.
O evento contou com a presença de Valdecy Urquiza, primeiro brasileiro a ocupar o cargo de secretário-geral da Interpol, que anunciou a criação de uma força-tarefa internacional dedicada a investigar e desarticular quadrilhas transnacionais.
Medalha por atuação no combate ao crime - Durante a cerimônia, Lula foi homenageado com uma medalha da Interpol. A condecoração reconheceu o compromisso do governo brasileiro com o enfrentamento ao crime organizado internacional, especialmente em áreas como tráfico de drogas, armas e crimes cibernéticos.
Urquiza destacou que a colaboração com o Brasil será estratégica. “Estamos construindo um novo modelo de enfrentamento global ao crime transnacional. A América do Sul, por ser alvo frequente dessas redes, precisa estar no centro dessa resposta”, afirmou.
O acordo entre o Brasil e a Interpol prevê troca de informações em tempo real, ações conjuntas, treinamentos e suporte técnico. A proposta é fortalecer a capacidade das polícias nacionais em atuar contra redes criminosas que desafiam fronteiras e legislações locais.
A medida também busca reforçar o papel do Brasil como parceiro internacional em estratégias de segurança pública e combate ao crime.
Visita ocorre após inclusão de Zambelli na lista da Interpol - A agenda de Lula em Lyon acontece dias após a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) ter sido incluída na lista vermelha de procurados da Interpol. Condenada a dez anos de prisão e à perda do mandato, Zambelli se encontra na Itália. O governo brasileiro já formalizou pedido de extradição.