Parque do Rio Ivinhema completa 26 anos como símbolo de preservação e herança ambiental em MS
Criado por articulação política em 1998, parque protege mais de 73 mil hectares e se consolida como referência em conservação e desenvolvimento sustentável
MEIO AMBIENTEDecisão tomada há mais de duas décadas mudou o destino de uma das regiões mais ricas em biodiversidade no sul de Mato Grosso do Sul. Em 1998, quando falar em preservação ambiental ainda era tema restrito a poucas vozes na política, o então deputado estadual Nelito Câmara idealizou e viabilizou a criação do Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema. Hoje, a unidade de conservação abrange mais de 73 mil hectares de áreas úmidas, florestas e rios, protegendo um ecossistema vital para o equilíbrio climático, hídrico e ecológico do estado.
A criação do parque foi fruto de uma articulação política que aliou visão ambiental e coragem institucional. À época, a proposta enfrentou resistência, mas se tornou uma das políticas públicas mais relevantes de Mato Grosso do Sul no campo da proteção da natureza.
De pai para filho: nova geração dá continuidade ao compromisso ambiental - Hoje, o compromisso com a preservação ambiental da região continua nas mãos do deputado estadual Renato Câmara, filho de Nelito, que atualmente preside a Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Estado. Para ele, o parque representa mais do que um espaço protegido — é uma infraestrutura natural essencial para o futuro do estado.
“Um parque preservado mantém a biodiversidade, regula o ciclo da água, protege nascentes e funciona como fábrica de chuva. Mas também é um ativo de desenvolvimento. Gera turismo, pesquisa científica, empregos verdes e segurança hídrica. Preservar o Parque do Ivinhema é garantir futuro com equilíbrio para todos nós”, afirma Renato.
Segundo dados do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e do Plano de Manejo da unidade, as áreas de várzea protegidas pelo parque funcionam como berçário natural para espécies aquáticas, filtram sedimentos, purificam a água e reduzem os efeitos de enchentes. O local também abriga fauna ameaçada de extinção e contribui diretamente para a qualidade do ar e do solo.
Em um cenário de emergência climática e escassez hídrica em várias partes do Brasil, a manutenção de áreas como o Parque do Ivinhema se torna ainda mais estratégica.