O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, vai deixar o PSDB nesta sexta-feira (9), depois de 24 anos no partido. Ele vai se filiar ao PSD, legenda comandada por Gilberto Kassab, em um ato previsto para as 15h, no gabinete da direção nacional do partido, em São Paulo.

A mudança acontece no momento em que o PSDB discute se deve se fundir com o Podemos, outro partido de centro-direita. Segundo Leite, essa fusão deve criar um novo partido, com nome, número e ideias diferentes do que o PSDB representou nas últimas décadas.

“O PSDB a que me filiei há 24 anos está deixando de existir”, disse o governador.

Leite, que foi pré-candidato à Presidência em 2022, voltou a dizer nesta semana que está preparado para disputar o Planalto. E agora, com a ida para o PSD, essa possibilidade volta a ganhar força.

Por que ele saiu do PSDB? A decisão de Leite tem relação direta com o rumo que o PSDB tem tomado. Para ele, o partido perdeu a identidade e está se desfazendo com a fusão com o Podemos. “O PSDB, no formato que historicamente se apresentou para a população brasileira, está saindo do cenário. Vai ser um novo partido”, afirmou.

Leite não avisou os líderes tucanos sobre sua saída até a tarde desta quinta-feira (8), o que deixou parte da cúpula surpresa com o movimento.

Rumo ao Planalto? Ao se filiar ao PSD, Leite se junta a outros nomes que também sonham com a Presidência, como o governador do Paraná, Ratinho Junior, que também está de olho em 2026. Ambos terão que disputar espaço dentro do partido para tentar se viabilizar como o candidato oficial.

O PSD, por sua vez, ganhou força nas últimas eleições municipais e hoje governa um em cada seis municípios do Brasil.