Chuva de meteoros Eta Aquaridas tem pico de visibilidade e pode ser vista até terça
Fenômeno ligado ao Cometa Halley é melhor observado entre 2h e 4h da manhã, com destaque para a região leste do céu
FENÔMENOPico da chuva de meteoros Eta Aquaridas ocorre nesta primeira semana de maio, com boas condições de observação até terça-feira (6). Fenômeno é formado por fragmentos do Cometa Halley e pode ser visto a olho nu nas madrugadas, entre 2h e 4h, especialmente longe das luzes da cidade.
Céus mais escuros e céu limpo favorecem a observação da chuva de meteoros Eta Aquaridas, que atinge seu ponto máximo neste início de maio. Formado por detritos do Cometa Halley, o fenômeno poderá ser visto até esta terça-feira (6), com destaque para o período entre 2h e 4h da madrugada.
Segundo o astrônomo Marcelo de Cicco, coordenador do projeto Exoss, que conta com apoio do Observatório Nacional, o melhor momento para observar é antes do amanhecer, quando a Lua ainda está abaixo do horizonte, o que evita interferência da luz lunar.
“A Lua se põe antes do amanhecer até esta terça. Isso ajuda muito a visualização dos meteoros. Depois disso, a luz pode atrapalhar um pouco”, explicou.
Especialistas recomendam buscar locais afastados das áreas urbanas, onde a poluição luminosa é menor. “O ideal é procurar um lugar escuro, deitar em uma cadeira reclinável e olhar para a metade inferior do céu, em direção à constelação de Aquário”, orienta o Observatório Nacional.
Meteoros são traços luminosos causados pela entrada de pequenos fragmentos de rochas espaciais na atmosfera terrestre, onde queimam por conta da alta velocidade. No caso da Eta Aquaridas, esses fragmentos são pedaços do Cometa Halley.
“Cada meteoro dessa chuva é um fragmento do Halley, que passa pelo Sistema Solar a cada 76 anos. Quando essas partículas entram na atmosfera, queimam e deixam os rastros luminosos que vemos no céu”, detalhou o astrônomo Marcelo de Cicco.
A Eta Aquaridas é mais visível no hemisfério sul e costuma gerar dezenas de meteoros por hora durante o pico. Como o fenômeno ocorre anualmente, quem perder esta edição ainda poderá observá-lo em outros anos, mas a intensidade pode variar conforme as condições atmosféricas e o ciclo lunar.