Carlos Guilherme | 29 de abril de 2025 - 16h20

VÍDEO: Senadora de MS dá voz de prisão a testemunha por falso testemunho na CPI das Bets

Soraya Thronicke acusa empresário de mentir sobre vínculo com investigada ligada a empresas de apostas

POLÍTICA
Senadora Soraya Thronicke, de Mato Grosso do Sul, ordena prisão de testemunha por falso testemunho durante sessão da CPI das Bets. - (Foto: Reprodução)

A senadora Soraya Thronicke (Podemos/MS), relatora da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, deu voz de prisão ao empresário Daniel Pardim Tavares Lima nesta terça-feira (29), sob acusação de falso testemunho durante a oitiva. A decisão foi confirmada pelo presidente do colegiado, deputado Dr. Hiran (PP-RR), após interrupção da sessão para deliberação.

O empresário, que compareceu à comissão na condição de testemunha, optou por permanecer em silêncio na maior parte dos questionamentos. Segundo avaliação dos parlamentares, ao responder às perguntas, Lima teria mentido ao afirmar que não conhecia Adélia de Jesus Soares, outra convocada pela CPI que não compareceu à sessão.

De acordo com Soraya, Adélia é sócia de Daniel Lima na empresa Peach Blossom River Technology, responsável por controlar a Payflow, companhia do setor de pagamentos digitais vinculada a apostas online e investigada pela Polícia Civil do Distrito Federal por suspeita de lavagem de dinheiro e transferências ilegais.

Defesa contesta prisão - Durante o anúncio da prisão, advogados de Daniel Pardim protestaram, alegando abuso de autoridade. Soraya rebateu a crítica de forma direta: "Me processe então", afirmou a senadora.

O presidente da CPI informou que a defesa havia ingressado com um habeas corpus preventivo na véspera da oitiva para assegurar o direito ao silêncio, mas o pedido foi negado pelo Supremo Tribunal Federal.

Segundo as regras da CPI, testemunhas que optam por falar durante a sessão devem se comprometer com a verdade, sob pena de responderem criminalmente em caso de falso testemunho.

Daniel Lima foi detido em flagrante e deverá ser encaminhado para a Polícia Legislativa do Senado, onde serão formalizados os procedimentos legais. Confira o vídeo: