Da redação | 22 de abril de 2025 - 07h50

PSDB discute fusão com Podemos e consulta Riedel e Reinaldo sobre futuro do partido

Grupo articula união para ampliar força eleitoral e manter protagonismo político em 2026

POLÍTICA
Riedel e Reinaldo são consultados sobre fusão do PSDB com Podemos. União pode formar bloco com até 39 deputados e novo perfil programático. - (Foto: Divulgação)

Os líderes do PSDB e do Podemos iniciaram uma articulação para unir as duas siglas em um novo partido político. Com o nome provisório de #PSDB+Podemos, a nova legenda deverá ser presidida pela deputada federal Renata Abreu (SP) e já conta com apoio de nomes de peso, como Aécio Neves (MG), que tenta convencer outros líderes a permanecerem na fusão.

Entre os principais nomes convocados para definir o futuro da sigla estão o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, e o ex-governador Reinaldo Azambuja, que hoje ocupa o cargo de tesoureiro nacional do PSDB.

A proposta de fusão será apresentada aos líderes sul-mato-grossenses em reunião a ser confirmada nos próximos dias, possivelmente em Brasília. A ideia central é criar um partido com maior fundo eleitoral e mais força política para enfrentar legendas como MDB, PSD, Republicanos e PP nas eleições de 2026.

Etapas e negociações

A fusão com o Podemos seria o primeiro passo de um processo em múltiplas etapas, que pode incluir também uma federação com o Solidariedade. O plano é apresentar uma candidatura competitiva à presidência da República e manter a presença nas principais prefeituras e bancadas do Congresso Nacional.

Segundo Reinaldo Azambuja, há um esforço para construir uma legenda moderna e com projeto nacional. “Queremos um projeto novo, moderno. É com esse espírito que você não apenas se reinventa, mas sobrevive”, disse.

Estudos internos apontam que, somando PSDB e Podemos, o novo partido superaria o fundo partidário do MDB e teria mais recursos que os Republicanos. Com a entrada do Solidariedade, o grupo poderia somar até 39 deputados federais.

Papel do PSDB de MS - A decisão do diretório de Mato Grosso do Sul é considerada estratégica, já que o estado mantém uma das bases mais sólidas da legenda. A avaliação é de que Riedel e Reinaldo têm poder de influenciar outros diretórios estaduais e de manter o protagonismo do partido em regiões-chave do país.

Além disso, a fusão seria mais uma tentativa de modernizar o PSDB, que busca se reposicionar no cenário político. A ideia é manter um perfil mais técnico, liberal na economia e com discurso reformista. Economistas históricos ligados ao partido têm contribuído com a redação do novo estatuto.