Ricardo Eugenio | 21 de abril de 2025 - 14h33

Sem registros em vídeo, caso de ataque segue sob investigação com apoio aéreo e perícia no local

Polícia usa drone e aeronave para localizar caseiro desaparecido após ataque de onça no Pantanal. Perícia acompanha o caso no Touro Morto.

INVESTIGAÇÃO
Imagem registrada às 6h52 desta segunda-feira (21) por câmera de segurança do pesqueiro Touro Morto, no Pantanal. - (Foto: Redes Sociais)

A Polícia Militar Ambiental (PMA) intensificou, na tarde desta segunda-feira (21), as buscas por Jorge, caseiro do pesqueiro Touro Morto, na região pantaneira de Aquidauana (MS), onde ocorreu um suposto ataque de onça-pintada por volta das 5h da manhã.

Uma aeronave e um drone foram mobilizados para vasculhar a mata ao redor do pesqueiro, mas, até o momento, o corpo da vítima não foi localizado. No local, a PMA encontrou rastros de onça e manchas de sangue sobre a passarela de madeira que dá acesso às instalações. A perícia criminal está a caminho para acompanhar os trabalhos no terreno.

Sem imagens do ataque, mas com sinais de fuga - De acordo com a corporação, não há registros em vídeo do momento do ataque, já que as câmeras de segurança do pesqueiro não captaram o incidente. No entanto, há indícios de que Jorge teria tentado fugir da onça, conforme sugerem as marcas de pegadas e arranhões na estrutura de madeira.

Segundo análise preliminar, apenas uma onça adulta teria participado do ataque, contrariando rumores iniciais sobre a presença de filhotes. Jorge já havia relatado anteriormente à Polícia Ambiental a constante presença de felinos na região. Um vídeo recente, gravado pelo próprio caseiro, mostra o local sendo disputado por duas onças em confronto territorial.

Área de risco recorrente - A região do Touro Morto, situada entre os rios Miranda e Aquidauana, é conhecida por registrar a presença frequente de onças-pintadas nas proximidades de residências e áreas turísticas. Por conta da vegetação densa e do difícil acesso, a operação de busca tem enfrentado limitações.

A mobilização da PMA, com apoio aéreo e terrestre, é considerada uma das maiores já realizadas na área nos últimos anos em casos de ataque envolvendo animais silvestres.

Jorge continua desaparecido desde as primeiras horas da manhã. A comunidade local e familiares aguardam atualizações das autoridades, enquanto o caso ganha ampla repercussão em todo o estado.