Conforme já noticiado na manhã desta segunda-feira (21), o desaparecimento do caseiro Jorge, conhecido como Jorginho, no Pantanal do Touro Morto, passou a ser investigado como possível ataque de onça-pintada. Novas informações apontam que o incidente teria ocorrido por volta das 5h30 da manhã, e a Polícia Militar Ambiental (PMA) de Miranda foi acionada por volta das 9h para averiguar a ocorrência.

Segundo a PMA, uma equipe foi deslocada de Miranda – cidade a cerca de 208 km de Campo Grande – e percorre um trajeto de aproximadamente duas horas por via fluvial até o local do possível ataque, situado na região entre os rios Miranda e Aquidauana. O pesqueiro Touro Morto, onde Jorginho trabalhava como cuidador, é uma área isolada e cercada por vegetação densa, o que dificulta tanto o acesso quanto as buscas.

Manchas de sangue foram encontradas próximas à área onde Jorginho realizava suas atividades rotineiras no pesqueiro. Vídeos feitos por moradores mostram pegadas e rastros que reforçam a hipótese de que o caseiro possa ter sido surpreendido e arrastado por uma onça. Em outro registro, um homem segue as marcas no solo, mostrando o possível trajeto percorrido pelo animal após o ataque.

Grupos de pescadores locais têm compartilhado a notícia com pesar. A presença de onças-pintadas é comum na região, inclusive em áreas próximas a residências e estruturas turísticas como pesqueiros. Com a escassez de alimentos, alguns desses animais se aproximam de áreas habitadas em busca de caça mais fácil, o que pode aumentar o risco de encontros com seres humanos.

O caso gera alerta sobre os limites da convivência entre pessoas e animais silvestres em regiões como o Pantanal, onde a presença de predadores de grande porte é parte da dinâmica natural do bioma.

A Polícia Militar Ambiental segue em diligência para confirmar os detalhes do ocorrido. Até o momento, o corpo de Jorginho ainda não foi localizado.