Fiems mostra como práticas sustentáveis aumentam vendas e ajudam o MS rumo ao carbono zero
Na Expogrande, Robson Del Casale, da Fiems, explica como boas práticas ambientais nas indústrias já geram valor, atraem novos clientes e podem ajudar o Estado a ser carbono neutro até 2030
SUSTENTABILIDADEO tema “sustentabilidade” já faz parte do vocabulário das empresas, mas ainda gera dúvidas. Na Expogrande 2025, o diretor de sustentabilidade da Fiems, Robson Del Casale, foi direto ao ponto: ser sustentável não é apenas uma questão ambiental — é também uma boa estratégia de negócios.
Durante entrevista no estúdio do Grupo Feitosa de Comunicação, Del Casale explicou como pequenas e médias indústrias de Mato Grosso do Sul estão adotando boas práticas, gerando valor, reduzindo custos e se tornando mais competitivas com o apoio da Fiems.
Sustentabilidade tem que ser viável - “Não adianta falar em ESG (ambiental, social e governança) se isso não fizer sentido para o empresário. A prática sustentável precisa gerar retorno financeiro, senão vira só discurso”, afirma.
Segundo ele, 90% das indústrias de MS são micro e pequenas. Por isso, o primeiro passo é conscientizar, mostrar que é possível produzir melhor, gerar menos impacto e ainda assim lucrar mais.
Do lixo zero ao etanol no carro da firma - Para mostrar que dá para fazer, Robson trouxe um exemplo real: a Real H, empresa de medicamentos veterinários, passou por um processo de transformação com apoio da Fiems.
“A empresa fez inventário de emissões, implantou reúso da água, reaproveitamento de resíduos e até trocou a frota movida a gasolina por carros com etanol, que poluem menos. São ações simples, mas que fazem diferença”, contou.
O resultado? A Real H ganhou o certificado ESG da Fiems. E, na semana seguinte, aumentou a procura pelos seus produtos, atraiu novos representantes comerciais e passou a ser vista com outros olhos no mercado. “A sustentabilidade vira valor agregado e ajuda a vender mais”, resumiu.
Boas práticas que começam na indústria e vão para casa - Para Robson, a sustentabilidade não começa no governo nem termina na empresa. “O funcionário que aprende boas práticas no trabalho leva isso para casa. Ele ensina o filho a separar o lixo, a economizar água, a entender que cada atitude conta. É uma mudança cultural.”
Essa mudança, segundo ele, já está acontecendo — motivada não só por consciência, mas pela realidade. “O calor de 42 graus, a chuva forte que alaga tudo, a seca que castiga. Tudo isso faz a gente perceber que algo precisa mudar. E rápido.”
De olho em 2030: carbono neutro é meta do Estado - Mato Grosso do Sul quer ser carbono neutro até 2030, e a indústria tem papel importante nisso. A Fiems, por meio do Centro de Sustentabilidade da Indústria, ajuda empresas a reduzirem suas emissões, buscarem fontes limpas e acessarem financiamentos para descarbonizar seus processos.
“Não dá para esperar. As regras de mercado estão mudando, os consumidores querem saber como o produto foi feito. Quem não se adapta, perde espaço”, alerta.
Educação e orientação: ESG que cabe no bolso - A Fiems criou programas para levar diagnóstico ambiental, planos de ação personalizados e capacitação para as indústrias. “Mostramos que dá pra fazer ESG mesmo com poucos recursos. Às vezes, trocar um equipamento ou mudar a forma de descartar resíduo já é um grande avanço”, diz Robson.
Além disso, a entidade também ajuda na busca de linhas de crédito para quem quer investir em sustentabilidade, mas não sabe por onde começar.
Quer saber mais? - A Fiems mantém canais com conteúdo sobre sustentabilidade para empresários e trabalhadores:
-
Site: www.fiems.com.br
-
Instagram: @sistemafiems
-
Centro de Sustentabilidade: localizado na Rua Barão do Rio Branco, Campo Grande (MS)