02 de abril de 2025 - 14h29

TJMS julga mais processos do que recebe e reduz estoque de ações em março

Com ritmo constante e organização interna, o Tribunal mostra que é possível dar agilidade às decisões e melhorar o fluxo dos processos.

FILA DA JUSTIÇA ANDA
TJMS julga mais do que recebe em março e reduz estoque de processos. Resultado mostra agilidade e melhora no fluxo de trabalho. - (Foto: TJMS)

No dia a dia, nem todo mundo enxerga o que acontece dentro do Poder Judiciário. Mas um relatório recente mostrou que, em março, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) deu sinais concretos de que a fila andou — e mais rápido do que o esperado.

Ao longo do mês, o Tribunal recebeu 7.465 processos novos, mas conseguiu julgar 7.592. Isso quer dizer que entregou mais decisões do que recebeu ações. É como se, por um instante, o sistema tivesse respirado — e aproveitado a pausa para colocar a casa em ordem.

Com esse ritmo, o estoque de processos em tramitação no 2º grau diminuiu: caiu de 10.236 para 10.077. São números que não aparecem no noticiário de todos os dias, mas fazem diferença para quem tem um processo esperando por uma resposta.

Justiça que não para - Desde janeiro, a produtividade vem se mantendo alta. Em três meses, o TJMS recebeu 21.578 processos e julgou 23.139 — 1.561 decisões a mais do que entradas. Esse saldo, para quem acompanha a lentidão habitual do sistema judiciário brasileiro, é digno de nota.

Outro dado relevante: o número de processos que estavam aguardando despacho nos gabinetes caiu para 3.873, o menor desde 2023. É como se o Judiciário, tradicionalmente visto como pesado, tivesse encontrado um jeito mais leve e ágil de funcionar.

Um tribunal que faz - Na Vice-Presidência do TJMS, os avanços também se destacaram. Em março, foram recebidos 2.306 recursos e proferidas 2.488 decisões — mais uma vez, um desempenho acima da média. Além disso, quase 3.800 processos foram enviados a instâncias superiores ou finalizados.

Nada disso acontece sozinho. Por trás desses números, há uma estrutura técnica, planejamento e uma rotina diária de análise, conferência e decisão. A ideia não é simplesmente empilhar decisões, mas dar respostas dentro do tempo possível, com segurança jurídica.

No ritmo da sociedade - Para quem está fora dos fóruns e gabinetes, esses avanços talvez passem despercebidos. Mas são sinais importantes. Mostram que o Tribunal não está parado, que acompanha as demandas da sociedade e que trabalha para ser mais eficiente, menos burocrático, mais próximo de quem precisa.

Talvez ainda haja um longo caminho até que todos os processos tramitem com a rapidez ideal. Mas a direção parece estar certa: uma Justiça que anda, que responde e que entrega.