Redação | 29 de março de 2025 - 18h24

Novas figueiras ocuparão lugar das árvores removidas nas avenidas Mato Grosso e Afonso Pena

Três figueiras centenárias foram removidas por adoecimento, mas replantio com novas mudas já está previsto, segundo a Prefeitura

ÓLEO DE NEEM
Pulverização de óleo de Neem nas árvores da Mato Grosso - (Foto: Divulgação/Prefeitura de Campo Grande)

Três figueiras centenárias que faziam parte da paisagem urbana de Campo Grande foram removidas após adoecerem. Mas, segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semades), árvores novas já estão disponíveis para ocupar os espaços deixados nos canteiros centrais das avenidas Mato Grosso e Afonso Pena. Com mais de três metros de altura, elas aguardam apenas a retirada completa das raízes antigas para o replantio.

As substitutas são da mesma espécie. A intenção é preservar a identidade visual das avenidas, que ao longo das décadas se tornaram marcadas pelos grandes corredores verdes. A Semades ainda não confirmou a data do plantio, mas avalia marcar a ação para o Dia da Árvore, em setembro.

Desde 2017, as figueiras da cidade recebem tratamento anual com óleo de Neem, um inseticida natural usado para combater a mosca-branca. Esse pequeno inseto suga a seiva da árvore e acelera o envelhecimento da planta. O trabalho é feito por uma equipe especializada, liderada pelo arborista Gustavo Henrique Garcia, contratado pela prefeitura.

Segundo Orsival Simões Junior, responsável pelo setor de arborização da Semades, as árvores retiradas já não apresentavam chance de recuperação. A decisão de remoção foi tomada após análise de risco feita pelos auditores ambientais do município.

As figueiras que ainda permanecem seguem sendo monitoradas. Plantadas nos anos 1920 pelo então prefeito e juiz Arlindo de Andrade Gomes, elas vieram da Índia e se adaptaram ao solo urbano da Capital. Mas esse ambiente é longe de ideal: poluição, podas constantes, compactação do solo e falta de espaço comprometem sua longevidade.

“No habitat natural, uma figueira vive até 200 anos. Aqui, com todo esse estresse urbano, a vida útil é muito menor”, explica Simões Junior. A Semades tenta preservar o máximo possível as árvores remanescentes, mas reconhece que outras substituições poderão ser necessárias com o tempo.

O solo das avenidas, segundo análises recentes, está fértil. O óleo de Neem usado na pulverização anual tem surtido efeito, embora o trabalho seja constante. A meta é evitar quedas e preservar os corredores verdes por mais tempo, mesmo que seja necessário, eventualmente, replantar novas árvores.