Perícia confirma causa da morte de corredora atropelada em Campo Grande
Laudo aponta traumatismo craniano e reforça acusações contra estudante de medicina preso pelo crime
LAUDODanielle Oliveira, corredora atropelada durante um treino na MS-010, em Campo Grande, morreu em decorrência de um traumatismo cranioencefálico. O laudo pericial, anexado ao processo nesta quarta-feira (20), concluiu que a causa da morte foi uma hemorragia subaracnoidea, um tipo de sangramento no cérebro provocado pelo impacto. O documento também aponta fraturas no fêmur e na região cervical.
Como noticiado pelo portal A Crítica na ocasião, o atropelamento aconteceu em 15 de fevereiro, quando Danielle participava de um treinamento em grupo. Além dela, Luciana Timóteo também foi atingida, mas sofreu apenas ferimentos leves.
O estudante de medicina que conduzia o carro, João Fonseca Vilela, foi preso no mesmo dia e segue detido. De acordo com a investigação, ele dirigia sob efeito de álcool e fazia manobras perigosas na pista. No momento do acidente, tentou uma ultrapassagem arriscada e perdeu o controle do veículo, atingindo as corredoras.
Para o Ministério Público, além da acusação de homicídio no caso de Danielle, João também responde por tentativa de homicídio contra Luciana, já que teria assumido o risco ao dirigir de forma irresponsável. O laudo pericial era aguardado desde a prisão do estudante e será utilizado no processo judicial para reforçar as acusações contra ele.
João Vitor, que é natural de Piranhas (GO) e estudava na Faculdade Morgana Potrich (FAMP), em Mineiros (GO), estava em Campo Grande há um mês para um estágio na Santa Casa.
Segundo o boletim de ocorrência, ele apresentava sinais evidentes de embriaguez e usava uma pulseira de um bar da cidade. Dentro do carro, a polícia encontrou bebidas alcoólicas, reforçando a suspeita de consumo antes do acidente. Testemunhas relataram que o veículo fazia zigue-zague na pista antes de atingir a vítima.