Da Redação | 11 de março de 2025 - 19h20

Rivalidade universitária e a bandeira em chamas: o caso que incendiou as redes

Atlética da UFMS nega envolvimento em queima de bandeira da Uniderp e promete esclarecimentos

TROTE

O trote universitário é um rito de passagem que pode ir do inofensivo ao controverso em poucos minutos. Na recepção de calouros da UFMS, em Campo Grande, o que deveria ser uma festa virou polêmica. Um vídeo compartilhado nas redes sociais nesta segunda-feira (10) mostra estudantes incendiando a bandeira da Bateria Hematoma, da Uniderp, e gerou um incêndio maior: o da indignação.

A Atlética Pintada de Medicina da UFMS, citada como organizadora do evento, veio a público negar envolvimento na queima do material e no furto da bandeira, que teria ocorrido durante o último Intermed, competição esportiva entre faculdades de medicina. Em nota oficial publicada no Instagram, o grupo declarou que "as rivalidades entre atléticas sempre existiram, mas devem permanecer dentro de um espírito saudável e competitivo".

Fogo amigo ou provocação calculada? No vídeo, estudantes acendem dois sinalizadores e, entre gritos e provocações, usam o fogo para destruir a bandeira rival. A prática, comum no futebol quando torcidas organizadas confrontam adversários, causou alvoroço entre acadêmicos das duas instituições.

A Bateria Hematoma, parte da atlética da Uniderp, afirmou que o material havia sido furtado durante o último Intermed, sugerindo que o ato foi premeditado. Mas a Atlética da UFMS refutou a acusação, garantindo que não organizou o evento nem teve envolvimento com o aparecimento da bandeira no local.

“Adotamos medidas internas para apurar os fatos e estamos colaborando com as autoridades competentes para os devidos esclarecimentos”, concluiu a nota divulgada pela Atlética Pintada.

O caso segue gerando repercussão entre os universitários e levanta um debate recorrente sobre os limites da rivalidade acadêmica: até onde vai a brincadeira e onde começa o desrespeito?