Tera, o SUV compacto da Volkswagen que quer ocupar o vazio deixado pelo Gol
O carro chega no Carnaval de 2025 para disputar um mercado onde todo mundo quer um SUV, mas nem todo mundo pode pagar por um.
SUV COMPACTOA Volkswagen tem um plano: lançar um SUV compacto que seja barato o suficiente para atrair o público que até ontem comprava um Gol, mas sofisticado o bastante para convencer esse mesmo público de que ele não está apenas comprando um carro barato. O nome do carro é Tera, e ele chega ao Brasil no Carnaval de 2025 para disputar espaço com Fiat Pulse, Renault Kardian e Citroën Basalt.
O Gol saiu de cena em 2023, após mais de 40 anos de produção, deixando órfão um público que sempre encontrou na Volkswagen um carro acessível e confiável. O Tera não pretende ser um novo Gol – SUVs e hatches jogam em ligas diferentes –, mas quer oferecer a mesma fórmula: um carro compacto, bem equipado e com preço competitivo. Se vai conseguir, é outra história.
Pequeno, mas com pose de SUV - O Tera será menor que o T-Cross e o Nivus, os outros SUVs de entrada da Volkswagen. Seu comprimento ficará na casa dos 4,1 metros, e o entre-eixos será o mesmo do Polo, garantindo um espaço interno decente sem abrir mão da praticidade. O porta-malas, com 350 litros, é o bastante para levar as compras do mês e uma mala de viagem sem precisar reorganizar toda a bagagem.
O carro será construído sobre a plataforma MQB-A0, a mesma usada no Polo, Nivus e T-Cross. Isso significa que ele herda tecnologias de modelos mais caros e mantém um padrão de segurança e dirigibilidade melhor do que os antigos compactos da marca.
Motores pequenos, consumo baixo - O Tera será oferecido em duas versões de motorização:
• 1.0 aspirado (84 cv, câmbio manual de cinco marchas) – uma opção para quem prioriza economia acima de tudo.
• 1.0 turbo (116 cv, câmbio manual ou automático de seis marchas) – para quem quer mais potência sem sacrificar o consumo.
A Volkswagen ainda não revelou números oficiais de consumo, mas estima-se que o motor turbo faça até 15,4 km/l na estrada com gasolina. No futuro, a marca planeja lançar uma versão híbrida flex do Tera, o que pode ser um diferencial em um mercado onde carros eletrificados ainda são caros e inacessíveis para grande parte da população.
Tecnologia e segurança de gente grande - O Tera pode ser o SUV de entrada da Volkswagen, mas isso não significa que ele chega pelado. Desde as versões intermediárias, ele terá painel de instrumentos digital de 10,25 polegadas, central multimídia VW Play de 10 polegadas e equipamentos de segurança como alerta de fadiga, controle de cruzeiro adaptativo e frenagem autônoma de emergência.
O objetivo da Volkswagen é claro: fazer do Tera um SUV compacto que ofereça o máximo de tecnologia possível sem ultrapassar a barreira psicológica dos R$ 130 mil.
Mas quanto vai custar? A Volkswagen ainda não bateu o martelo sobre os preços, mas tudo indica que a versão mais barata do Tera começará na casa dos R$ 100 mil, podendo chegar a R$ 130 mil na versão mais equipada. Isso o coloca diretamente na briga com o Fiat Pulse e o Renault Kardian, que também disputam a atenção de quem quer um SUV pequeno sem gastar uma fortuna.
O Gol dos SUVs? A comparação entre o Tera e o Gol é inevitável, mas um tanto injusta. O Gol foi um carro que se tornou popular em um Brasil onde os SUVs ainda não eram uma febre e onde a ideia de pagar mais de R$ 100 mil em um carro compacto parecia absurda. O Tera nasce em outra realidade, onde os hatches estão desaparecendo e onde a maioria dos consumidores quer um SUV, mas precisa de um SUV que caiba no orçamento.
Se ele vai repetir o sucesso do Gol, é difícil dizer. Mas se há algo que a Volkswagen sabe fazer, é lançar um carro que se encaixa na necessidade do brasileiro. O Tera chega com essa missão.