Iury de Oliveira | 21 de fevereiro de 2025 - 15h28

Paciente do Pantanal levanta suspeita de dengue tipo 4 em MS

Paciente é da região do Pantanal; autoridades monitoram possível surto do sorotipo menos comum no Estado

SUSPEITA
O mosquito Aedes aegypti é transmissor do zika, da dengue e da chikungunya - (Foto: shammiknr/Pixabay)

A Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES) investiga o primeiro caso suspeito de dengue tipo 4 registrado em 2024. A amostra foi enviada para um laboratório de referência fora do Estado, onde passará por sequenciamento genético para confirmar se a infecção foi causada pelo mosquito Aedes aegypti ou se tem relação com a vacina.

“O exame já foi encaminhado para análise detalhada, garantindo precisão no diagnóstico”, informou a SES em nota.

O paciente vive na região do baixo Pantanal, onde o vírus não costuma circular com frequência. O sorotipo 4 preocupa porque, diferentemente dos tipos 1 e 2, é menos comum e grande parte da população não tem imunidade contra ele, o que aumenta o risco de surtos. No ano passado, apenas cinco casos desse tipo foram confirmados no Estado.

Casos de dengue em MS e preocupação com o tipo 3 - Até agora, Mato Grosso do Sul já confirmou 804 casos de dengue em 2024. A única morte registrada até o momento foi de uma idosa de Inocência, que contraiu a dengue tipo 2.

Outro tipo que tem chamado atenção é o dengue tipo 3, com 93 casos confirmados. Ele é mais frequente nas regiões nordeste e leste do Estado, incluindo Três Lagoas e Aparecida do Taboado. Assim como o tipo 4, esse sorotipo também tem baixa circulação entre a população, o que pode favorecer novos surtos.

Vacina e sintomas - A vacina Qdenga, disponível pelo SUS para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, protege contra todos os sorotipos da dengue.

Os sintomas da doença são os mesmos em qualquer variação do vírus: febre alta, dor no corpo, nas articulações e na cabeça, além de vômito e diarreia. O tratamento envolve hidratação e acompanhamento médico para evitar complicações.

A SES segue monitorando a situação epidemiológica do Estado e alerta para a necessidade de combate aos criadouros do Aedes aegypti, principal forma de prevenção contra a dengue.