Mato Grosso do Sul está colhendo mais amendoim – literalmente. A safra 2024/2025 deve alcançar 42,3 mil hectares, quase 100% a mais do que no ciclo anterior. Se a terra corresponde às expectativas, a produção também acompanha: 95,7 mil toneladas devem sair do campo, consolidando o estado como o segundo maior produtor de amendoim em casca do Brasil, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Com tanto amendoim disponível, a agroindústria já começou a se movimentar. A cooperativa Casul, por exemplo, está instalando uma unidade de beneficiamento em Bataguassu, abrindo caminho para que Mato Grosso do Sul não apenas produza a matéria-prima, mas agregue valor ao produto antes que ele saia do estado.

Para Sérgio Longen, presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), o avanço da cultura pode significar mais do que números positivos para a agricultura – é também uma oportunidade de desenvolvimento industrial. “Temos uma empresa se instalando para o beneficiamento desse produto, e queremos que outras também venham. O ambiente de negócios no Estado é muito favorável. O amendoim é mais uma atividade que se associa ao desenvolvimento da indústria sul-mato-grossense”, pontua Longen.

A Fiems tem se dedicado a incentivar o encadeamento produtivo da agroindústria, buscando fortalecer o setor e garantir que a produção local tenha um destino dentro do próprio estado. Se a tendência continuar, Mato Grosso do Sul pode ir além da colheita e se tornar um polo de beneficiamento, exportando não só grãos, mas também produtos processados – e empregos.