Da Redação | 08 de janeiro de 2025 - 17h00

Dona Cida é prova de que a corrida não só transforma o corpo, mas também fortalece a alma

Aos 69 anos, ela transforma o que poderia ter sido um capítulo de dor em uma jornada marcada por resiliência, alegria e amor pelo esporte

ESPORTE SALVA
Dona Cida não é apenas uma atleta dedicada, mas também um exemplo de como o esporte pode transformar vidas - (Foto: Arquivo pessoal)

Em pleno Janeiro Branco, mês dedicado à conscientização sobre a saúde mental, a história de Maria Aparecida Cesca, ou simplesmente dona Cida, ganha destaque como um exemplo de superação e inspiração. Aos 69 anos, ela transforma o que poderia ter sido um capítulo de dor em uma jornada marcada por resiliência, alegria e amor pelo esporte.

Há 35 anos, dona Cida enfrentava um dos momentos mais difíceis de sua vida: o fim de seu casamento. A separação trouxe tristeza profunda e uma sensação de vazio que parecia insuperável. “Eu chorava dia e noite. Não via saída para aquela dor. Foi quando meu irmão me sugeriu correr. Ele disse: ‘Você vai ver como é bom’. E assim começamos a correr no Belmar. Logo me apaixonei pelo esporte e foi aí que descobri minha força”, conta com emoção.

A história de Dona Cida reforça a importância de cuidar tanto do corpo quanto da mente

Cada passo na pista era um pequeno avanço contra a tristeza. A corrida, inicialmente apenas uma distração, tornou-se o alicerce de uma nova vida. “No momento mais sombrio, eu calcei o tênis e comecei a correr. Era como se cada quilômetro afastasse a tristeza e trouxesse de volta a alegria. Hoje, já são mais de 30 anos correndo, e sinceramente, não sei viver sem isso”, revela.

Ao longo de mais de três décadas, dona Cida acumulou não apenas medalhas, mas também histórias que inspiram. Seu entusiasmo pela corrida e pela vida conquistou a parceria da Unimed Campo Grande, que há dois anos a patrocina como atleta. “Esse apoio é muito mais do que incentivo financeiro. É um reconhecimento que me motiva a continuar cuidando da minha saúde física e mental. Sou muito grata por isso”, destaca.

A história de dona Cida reforça a importância de cuidar tanto do corpo quanto da mente. Para ela, o esporte é um caminho poderoso para superar desafios emocionais. “Acho que todo mundo que enfrenta um problema de saúde deveria praticar algum esporte. Recomendo do fundo da minha alma. A corrida não é só um exercício, é meu alimento. É isso que me faz ser quem sou”, afirma com um sorriso largo e a gargalhada característica que é sua marca registrada.