Indústria em MS bate recorde mundial na produção de celulose
Nova unidade em Ribas do Rio Pardo, a 85 km de Campo Grande, atinge meta em tempo recorde, consolidando destaque no setor
BONS RESULTADOSLocalizada em Ribas do Rio Pardo, a 85 km de Campo Grande, a Suzano, alcançou um recorde mundial no setor ao atingir a chamada "curva de aprendizagem" em apenas cinco meses e oito dias após o início de suas operações, em 21 de julho do ano passado.
Essa marca, conquistada em 29 de dezembro, representa a produção contínua durante 30 dias consecutivos da média de sua capacidade nominal, consolidando a unidade como um marco de eficiência no segmento.
Recorde em tempo e produção - Com capacidade instalada para produzir 2,55 milhões de toneladas anuais de celulose de eucalipto, a unidade se tornou a maior em linha única do mundo. O período necessário para alcançar essa estabilidade produtiva era estimado em nove meses, mas a equipe da fábrica conseguiu superar as expectativas em menos de seis meses, entre os dias 30 de novembro e 29 de dezembro. Durante esse intervalo, a produção diária superou as 7.203 toneladas projetadas.
O resultado é fruto de um planejamento estratégico que incluiu o treinamento de equipes mais de um ano antes do início das operações. "Foi uma combinação de fatores, desde equipamentos de ponta até a integração dos times industrial, florestal e de engenharia", explicou Leonardo Mendonça Pimenta, diretor de Operações Industriais.
Comparação com outras unidades - O desempenho da nova unidade de Ribas do Rio Pardo foi comparado à fábrica anterior de Três Lagoas, também no Mato Grosso do Sul, que havia atingido a curva de aprendizagem em nove meses. "Esse tempo reduzido reforça a eficiência e a capacidade de adaptação do nosso modelo produtivo", afirmou Maurício Miranda, diretor de Engenharia e responsável pela construção da fábrica.
A fábrica faz parte do Projeto Cerrado, um empreendimento que demandou investimentos de R$ 22,2 bilhões. Além da construção da unidade, o projeto incluiu a formação de uma base florestal e melhorias na infraestrutura logística. Durante o pico da obra, foram criados mais de 10 mil empregos diretos, e atualmente cerca de 3 mil pessoas trabalham nas operações industriais, florestais e logísticas.
Com o início das atividades, a capacidade total de produção da empresa cresceu mais de 20%, passando de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneladas anuais.