Morreu hoje mulher que teve 65% do corpo queimado em Campo Grande
Fabrícia deixa três filhos: uma adolescente de 13 anos, uma menina de 2 anos e um menino de 6; Família teme que o incêndio pode ter sido criminoso
LUTOMorreu na madrugada deste sábado (28), aos 29 anos, Fabrícia de Souza Santos, vítima de um incêndio ocorrido em sua residência no Jardim Aero Rancho, em Campo Grande. Ela teve 65% do corpo queimado no episódio, que aconteceu na sexta-feira (20). A família registrou boletim de ocorrência pedindo que o caso seja investigado pela Polícia Civil, levantando suspeitas sobre a causa do incêndio.
A irmã de Fabrícia, Letícia Souza Santos, 35 anos, confirmou a morte por volta das 1h30 deste sábado. "A pressão dela baixou, os órgãos começaram a falhar e não havia mais o que fazer, pois o caso dela era gravíssimo", lamentou Letícia, bastante abalada.
Fabrícia deixa três filhos: uma adolescente de 13 anos, uma menina de 2 anos e um menino de 6. Letícia e a avó da criança irão cuidar das crianças, com o apoio de outros familiares. "É uma dor irreparável, minha mãe está desolada, minha sobrinha em estado de choque", disse a irmã, emocionada.
Letícia acredita que a morte de Fabrícia seja resultado de um crime e cobra justiça. "A gente quer saber quem é o culpado. O que fizeram com a minha irmã tem que ser pago, não pode ficar impune. Mataram a minha irmã. A polícia não fala nada, cadê os culpados?", desabafou.
A família aguarda a liberação do corpo de Fabrícia pela Santa Casa para dar início aos preparativos para o velório e sepultamento.
O incêndio ocorreu por volta das 21h15 de sexta-feira (20). Vizinhos afirmaram inicialmente que Fabrícia teria tentado cometer suicídio, versão que gerou desconfiança nos familiares. Eles registraram um boletim de ocorrência, solicitando investigação da Polícia Civil.
No sábado (21), Letícia soube pelo médico plantonista que o estado de saúde de sua irmã era grave, e que uma lesão foi encontrada no crânio de Fabrícia. Essas informações foram repassadas à Polícia Civil no domingo (22), no boletim registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol. A família questiona também a conduta dos bombeiros, que não acionaram a Polícia Militar, dado que o incêndio poderia ter sido criminoso.
Em entrevista, o delegado Caio Macedo, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que ainda não era possível confirmar a versão apresentada pela família, pois os laudos periciais ainda não estavam prontos. "O primeiro passo é confirmar se foi uma tentativa de homicídio ou suicídio. Vamos seguir essa linha para apurar se a versão da família procede e, se necessário, continuaremos com a investigação", explicou o delegado.