Beatriz Haddad Maia, ou simplesmente Bia Haddad, como é conhecida no mundo do tênis, não joga apenas para ganhar partidas. Aos 28 anos, a paulista carrega nas costas mais do que uma raquete: ela sustenta o posto de número 1 do Brasil, figura entre as 20 melhores do mundo no ranking da WTA e, além disso, tem se consolidado como uma referência para jovens que sonham em pisar em quadras internacionais.

O ano de 2024 foi mais uma linha escrita com tinta forte na biografia de Bia. Ela conquistou o título do WTA 500 de Seul, foi vice-campeã do WTA 250 de Cleveland, chegou às quartas de final do US Open e liderou o Brasil para os qualifiers da Billie Jean King Cup de 2025. Em entrevista ao canal NSports, Bia falou sobre o que significa ser um modelo para outras pessoas. E a resposta não tem nada a ver com títulos.

“Quando falamos sobre ser uma referência, não é só sobre o tênis”, ela destacou. O que parece importar mais para Bia são os valores que ela pode transmitir e as pequenas atitudes que, fora das quadras, moldam uma imagem que transcende o esporte.

Há algo na postura de Bia que inspira confiança. Ela fala sobre o esporte como um meio, não como um fim. Cada vitória parece ser menos sobre levantar um troféu e mais sobre deixar uma porta aberta para que outros possam passar por ela.

Agora, Bia se prepara para a United Cup, competição que acontece em Perth, na Austrália, e que une homens e mulheres no mesmo torneio. É um evento raro no circuito mundial, onde partidas de simples e duplas mistas se alternam em uma dinâmica que Bia vê como uma oportunidade para unir mais os dois universos do tênis.

“A United Cup é uma competição que une o melhor dos dois circuitos. É leve, divertida, mas ninguém entra em quadra para perder”, comentou.

O Brasil estreia contra a China e, em seguida, enfrenta a Alemanha. Cada duelo é composto por partidas de simples e duplas mistas, e apenas os melhores avançam para as fases finais.

Além da competição, a United Cup serve como preparação para o Aberto da Austrália, primeiro Grand Slam do ano. Ali, em uma das quadras mais importantes do mundo, Bia entrará novamente com o peso de ser uma das maiores esperanças do tênis brasileiro.

No entanto, para quem a acompanha, a sensação é de que o impacto de Bia vai muito além das quadras. Seu legado não se mede apenas por títulos, mas pela forma como ela transforma cada entrevista, cada gesto, em um lembrete de que ser referência é um compromisso diário – e, para Bia Haddad, não há jogo mais importante do que esse.enquanto se prepara para representar o país na United Cup.