Haddad: aprovação do pacote fiscal é a prova de que há articulação política no governo
Questionado sobre o papel do ministro da Casa Civil, Rui Costa, Haddad disse não saber se ele participou "tanto" da articulação política
MINISTRO DA FAZENDAO ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que todo apoio ao Ministério da Fazenda é necessário e que a aprovação do pacote fiscal é a prova de que há articulação política no governo. "Se não tivéssemos articulação (política), não teríamos aprovado", disse em café da manhã com jornalistas nesta sexta-feira, 20.
Ele reforçou que tem boa relação com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e que os líderes do governo no Congresso "vivem" na Fazenda. Questionado sobre o papel do ministro da Casa Civil, Rui Costa, Haddad disse não saber se ele participou "tanto" da articulação política. "Mas a SRI participou muito, os líderes não saem daqui, toda segunda estão aqui para discutir agenda comigo, e com Lula sempre temos reunião de pauta também na segunda", contou.
Haddad também contou que tem o hábito de conversar com líderes no Congresso, inclusive de outros partidos e da oposição, citando a senadora Tereza Cristina como uma parlamentar que debate muito o assunto do agronegócio com a Fazenda.
Em relação a mudanças na articulação política e reforma ministerial, Haddad não comentou. "É uma coisa tão pessoal, é o presidente que tem as informações. O Presidente sempre se mostra muito satisfeito com a equipe, gosta das pessoas", disse o ministro.
Ainda sobre a articulação no Congresso, Haddad reiterou que os acordos políticos firmados entre a Fazenda e o Legislativo não têm sido descumpridos, por ambas as partes. "Os acordos têm sido cumpridos. Todo acordo envolveu alguma negociação. Há acordos que não são feitos, como em 2023 sobre a desoneração. Eu avisei que a questão seria judicializada. Ninguém é tomado de surpresa. Esse foi o caso mais extremo que aconteceu", disse.
Ele falou que os acordos respeitam as correlações de força e o eleitor, que foi quem elegeu todos - presidente, senadores, deputados. "Essa fotografia do Brasil foi eleitor quem definiu, eu tenho que navegar", afirmou Haddad, que comentou ainda que a reforma tributária sobre o consumo só foi feita porque houve acordo entre as partes e ele foi respeitado.