Ricardo Eugenio | 19 de dezembro de 2024 - 22h00

Maickon Ramos, da Cantina Mato Grosso, morre aos 36 anos e deixa Campo Grande de luto

Maickon Ramos, empresário da Cantina Mato Grosso, falece aos 36 anos em Campo Grande. Ele deixa um legado de dedicação à gastronomia local.

LUTO
Maickon Ramos, empresário da Cantina Mato Grosso, falece aos 36 anos em Campo Grande. Ele deixa um legado de dedicação à gastronomia local. - (Foto: Arquivo pessoal)

Na tarde desta quinta-feira (19 de dezembro), uma notícia atravessou Campo Grande com a força de uma tempestade inesperada: Maickon Ramos Nascimento, proprietário da Cantina Mato Grosso, havia falecido aos 36 anos. Um infarto encerrou precocemente a vida de um homem que, mais do que gerir um restaurante, carregava em si a alma de uma tradição familiar que há quase 40 anos alimenta gerações.

A notícia pegou todos de surpresa. Horas antes, Maickon ainda participava de conversas em grupos de mensagens, falando sobre os planos para o restaurante que herdou dos pais, Marlei Ramos e Ivaldo Barretos. Fundada como um pequeno negócio familiar, a Cantina Mato Grosso cresceu até se tornar um dos pilares da gastronomia regional. Maickon, casado com Gabriele Ramos e pai de um filho pequeno, assumiu o comando com o desafio de preservar a essência da cantina, ao mesmo tempo que modernizava suas operações.

“Ele era a personificação do restaurante: acolhedor, dedicado e apaixonado pelo que fazia. Não era só o sabor da comida, era o jeito que ele nos fazia sentir em casa”, comentou um amigo próximo, visivelmente emocionado.

Uma trajetória de afeto e tradição - A Cantina Mato Grosso não é apenas um restaurante em Campo Grande; é quase uma instituição. O cardápio, repleto de pratos que reverenciam os sabores do Mato Grosso do Sul, é um reflexo do compromisso da família Ramos em celebrar a cultura local. Sob a liderança de Maickon, o restaurante atravessou momentos difíceis, mas sempre manteve o foco no que importava: a experiência dos clientes e a valorização da cozinha regional.

“Ele costumava dizer que cada prato servido era como um abraço. Talvez seja por isso que as pessoas sentem tanto a sua perda. Ele fazia cada um se sentir especial, mesmo sem saber”, relembrou um funcionário da cantina.

O silêncio deixado por Maickon - A morte de Maickon ecoa além da dor da perda. Ela deixa uma pergunta inevitável: como será o futuro da cantina sem a energia e a visão do homem que se tornou seu coração? Para os frequentadores assíduos, o restaurante é mais do que comida. É um espaço de memórias, celebrações e encontros.

Enquanto a cidade lamenta, a família Ramos enfrenta o desafio de continuar um legado que, em vida, Maickon cuidou com tanto zelo.

Um adeus coletivo - Detalhes sobre velório e sepultamento ainda não foram divulgados pela família. Nas redes sociais, homenagens já começam a brotar, como um reflexo do impacto que Maickon teve em tantas vidas.

Na mesa da Cantina Mato Grosso, um lugar ficará vazio, mas o espírito do jovem empresário permanecerá em cada prato servido e em cada história que nascer sob o teto do restaurante.