Da redação | 16 de dezembro de 2024 - 14h20

Som da Concha encerra 2024 com rap e música da fronteira em Campo Grande

As apresentações começaram às 18h e marcaram o fim de mais um ciclo desse projeto cultural, consolidado como um dos mais importantes de Mato Grosso do Sul

MÚSICA
Com público cativo, Som da Concha realiza última edição de 2024 com rap e música da fronteira - (Foto: Daniel Reino/Setesc)

O projeto Som da Concha 2024 encerrou suas atividades no último domingo (15), na Concha Acústica Helena Meirelles, localizada no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. Com entrada gratuita, o evento contou com os shows da cantora Gio Resquin, que apresentou o espetáculo “Brasiguaia”, e do grupo Falange da Rima, com a performance “Falange da Rima Homenageia a Música de MS”. As apresentações começaram às 18h e marcaram o fim de mais um ciclo desse projeto cultural, consolidado como um dos mais importantes de Mato Grosso do Sul.

Valorização da música sul-mato-grossense - Criado em 2008 pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), o Som da Concha tem o objetivo de promover e valorizar artistas regionais. Em 2024, o projeto realizou 28 shows, não apenas em Campo Grande, mas também em cidades como Aquidauana, Ponta Porã, Rio Verde, Dourados e Três Lagoas. Para 2025, a expectativa é de novos editais e ampliação do alcance do evento, que já é reconhecido como um importante espaço para a difusão da cultura sul-mato-grossense.

A coordenadora da Concha Acústica Helena Meirelles, Wanda Brito, celebrou o encerramento do ano e agradeceu à equipe e aos apoiadores do projeto. “Este encerramento está sendo maravilhoso porque conseguimos atingir nossos objetivos. Agora, é momento de descansar e aguardar o edital do próximo ano. Quero agradecer à minha equipe, que é como uma família, e a todos da Fundação de Cultura que nos apoiaram”.

A cantora Gio Resquin emocionou o público com seu show, que celebrou suas raízes culturais (Foto: Daniel Reino/Setesc)

Ritmos da fronteira e homenagens à música regional - Abrindo a noite, a cantora Gio Resquin emocionou o público ao apresentar “Brasiguaia”, show inspirado em suas raízes culturais e na vivência na fronteira com o Paraguai. “Meu show é totalmente inspirado na fronteira, com ritmos que remetem à minha vivência. Minha família materna é paraguaia, e resgatar essa herança tem sido especial. O Som da Concha foi essencial para que eu apresentasse, pela primeira vez, um show 90% autoral. Vida longa a projetos como este”, afirmou Gio.

O encerramento ficou por conta do grupo Falange da Rima, que trouxe ao palco homenagens a artistas icônicos do estado, como Secos e Molhados, Délio e Delinha, e Bêbados Habilidosos. “É uma honra terminar o ano aqui, representando o rap e homenageando artistas que são referências. O rap, que antes não tinha espaço, agora é reconhecido graças a projetos como este”, declarou DJ Magão.

O encerramento ficou por conta do grupo Falange da Rima (Foto: Daniel Reino/Setesc)

Público elogia estrutura e impacto cultural - A plateia, composta por diferentes gerações, destacou a importância do Som da Concha para a cultura local. Heitor Vinícius Sampaio Moura, estudante de publicidade, elogiou a iniciativa: “O Som da Concha é uma ótima iniciativa para promover a cultura na cidade”.

Já o engenheiro agrônomo Marcelo Folhes, que esteve presente com os filhos, destacou a estrutura e a acessibilidade do evento. “É essencial ter um local como este para divulgar a música local. Um ambiente aberto, bonito e acessível”.

Para o empresário Rafael Augusto Gomes da Silva, o evento é fundamental para fortalecer a cena cultural em Campo Grande. “Esse tipo de evento fortalece a música regional e traz visibilidade aos artistas da cidade”.

Expectativas para 2025 - Com a edição de 2024 concluída, o Som da Concha se prepara para novos desafios no próximo ano. A proposta é ampliar ainda mais o alcance do projeto e continuar promovendo a diversidade cultural do estado. Os artistas e o público, por sua vez, já aguardam ansiosos por novas edições e oportunidades.