Da Redação | 11 de dezembro de 2024 - 10h30

Mulher é obrigada a entrar em carro de agiota, agredida e ameaçada com arma

Suspeito exigiu a transferência de imóveis sob ameaça de morte e foi preso pela Polícia Civil

CAPITAL
Itens apreendidos pela policia - (Foto: Divulgação)

Uma mulher, 47, foi vítima de agressões físicas e ameaças com arma de fogo por um agiota em Campo Grande.

O caso, ocorrido no dia 15 de outubro, ganhou novos desdobramentos nesta quarta-feira (11), com a prisão do suspeito pela Polícia Civil durante a Operação Tanque Cheio.

Segundo o relato da vítima, o agiota a abordou naquele dia e a obrigou a entrar em seu veículo. Durante o encontro, ele exigiu o pagamento de uma dívida com juros abusivos de 40% ao mês e, em um ato extremo, apontou uma arma para sua cabeça, simulando um disparo. Felizmente, a arma estava descarregada, mas a vítima sofreu agressões que resultaram em lesões nos braços, cabeça e pernas, confirmadas por exame de corpo de delito.

Ameaças e exigências - Além das agressões, o suspeito teria dado um ultimato à mulher, exigindo que ela transferisse dois imóveis para seu nome até as 18h do dia 22 de outubro, sob a ameaça de matá-la caso não cumprisse. Dias antes, ele já havia tomado três veículos da vítima como forma de pagamento.

A vítima procurou a delegacia no dia seguinte, acompanhada de sua advogada, para registrar um boletim de ocorrência por extorsão e lesão corporal dolosa. Ela apresentou provas documentais, incluindo mensagens de WhatsApp registradas em ata notarial, que mostram o suspeito proferindo ameaças de morte a ela e seus familiares, além de transferências bancárias comprovando a extorsão.

Prisão e operação policial - Após a denúncia, a 2ª Delegacia de Polícia Civil abriu investigação e, nesta quarta-feira (11), agentes da DERF (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos) prenderam o suspeito e realizaram buscas em três imóveis ligados a ele. Na operação, foram apreendidas uma pistola calibre .380, um simulacro de arma de fogo, um soco inglês, documentos, dinheiro em espécie e notas promissórias relacionadas à prática de agiotagem.

O homem foi levado à sede da DERF, onde foi interrogado e indiciado pelos crimes de extorsão e lesão corporal dolosa. A prisão preventiva foi decretada para garantir a ordem pública e evitar novas ameaças contra a vítima.