Criptomoedas: bitcoin sobe e ultrapassa US$ 90 mil pela primeira vez, em sessão volátil
Com novo recorde, criptomoeda se valoriza após eleições nos EUA e parceria de Trump com Musk estimula ainda mais o setor
ECONOMIAO mercado de criptomoedas experimentou uma sessão agitada nesta quarta-feira, quando o bitcoin ultrapassou, pela primeira vez, a marca simbólica de US$ 90.000. Chegando próximo dos US$ 93.000, o preço recuou ligeiramente até o fechamento, mas o sentimento de otimismo permanece. A valorização recente do bitcoin, que disparou cerca de 30% desde a eleição de Donald Trump, reflete as expectativas do setor diante de uma política mais favorável.
O otimismo cresceu após o anúncio de que Elon Musk, juntamente com o empresário e candidato Vivek Ramaswamy, fará parte do novo “Departamento de Eficiência Governamental”, a convite de Trump. O cargo inusitadamente foi batizado de “DOGE”, mesma sigla do dogecoin – outra criptomoeda que viu valorização no mercado. Às 17h10 (de Brasília), o bitcoin subia 1,61%, enquanto o dogecoin avançava 1,66%, a US$ 0,38.
A eleição de diversos candidatos ao Congresso, apoiados por super PACs financiados pela indústria cripto, reforçou o otimismo. Em sua nova fase, os investidores projetam que o bitcoin pode alcançar os US$ 100 mil antes do final do ano. Jake Ostrovskis, da Wintermute, destacou que há US$ 850 milhões em contratos de opções apostando na meta até 27 de dezembro.
“Essa é uma onda sem precedentes de apoio, e a expectativa é de um ambiente regulatório mais brando”, disse Ostrovskis. As apostas no crescimento do bitcoin levaram a um aumento nos contratos de futuros e produtos derivados alavancados, com o total de derivativos de bitcoin atingindo US$ 61 bilhões.
Agora, a especulação em torno do bitcoin e outras criptomoedas cresce, tanto impulsionada pela alta dos preços quanto pela perspectiva de novas políticas pró-cripto. Com Musk e Ramaswamy no novo conselho consultivo de Trump, o setor espera que o governo priorize uma abordagem empreendedora que possa reformar o cenário regulatório nos EUA.
Essa convergência entre política, grandes nomes da tecnologia e criptoativos tem gerado uma espécie de “frenesi” entre investidores, que visualizam um futuro promissor para o bitcoin – enquanto ele flutua nas alturas.