"Fim da escala 6x1 pode comprometer estabilidade financeira das empresas", diz presidente da FCDL/MS
Presidente da FCDL/MS, Inês Santiago, alerta para impacto do fim da escala 6x1 na economia e produção empresarial
ATUALIDADEA presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Mato Grosso do Sul (FCDL/MS), Inês Santiago, se manifestou de forma contrária nesta terça-feira (12) à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que irá substituir a atual escala de trabalho 6x1 por uma jornada de quatro dias de trabalho com três de folga, conhecida como 4x3. Segundo ela, a mudança pode aumentar os custos operacionais e colocar em risco a sustentabilidade financeira de muitas empresas.
Inês avalia que a implementação da jornada reduzida exigiria mais contratações para manter os níveis de produção, encarecendo a folha de pagamento e impactando diretamente o caixa das empresas.
“O desenvolvimento econômico é o que gera empregos de maneira sustentável, e não a redução da jornada de trabalho. A mudança prevista na PEC vai gerar custos adicionais para as empresas, que precisarão contratar mais funcionários para suprir a mesma demanda. Com isso, muitas terão que reduzir gastos em outras áreas, o que poderá impactar a qualidade dos serviços oferecidos,” explicou.
A proposta, elaborada pela deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP), tem atraído opiniões divergentes. Como já noticiado pelo portal A Crítica, entre os oito deputados federais de Mato Grosso do Sul, Dagoberto Nogueira (PSDB), Geraldo Resende (PSDBT), Vander Loubet (PT) e Camila Jara (PT) já manifestaram apoio ao projeto. A jornada 6x1 exige que o trabalhador tenha seis dias consecutivos de trabalho para um dia de folga, enquanto a proposta 4x3 busca ampliar o tempo de descanso semanal.
O projeto ainda precisa de 171 assinaturas para avançar no Congresso e poderá ser apensado a outra proposta de 2019 (PEC 221/2019) que irá alterar a jornada de trabalho, mas que atualmente está paralisada.