Ricardo Eugênio | 12 de novembro de 2024 - 06h53

Missa, shows e torneio celebram os 61 anos de Batayporã, cidade com raízes indígenas e europeias

Com shows, missas e torneio de pesca, cidade comemora emancipação e lembra raízes inusitadas no interior do Mato Grosso do Sul.

FESTIVIDADES
Letreiro na entrada da cidade de Bataypora - (Foto: Arquivo)

Com 10.953 habitantes, Batayporã, no leste de Mato Grosso do Sul, completa 61 anos hoje, 12 de novembro, com uma semana inteira de comemorações. Desde a missa na Igreja Matriz, logo pela manhã, até o show da banda Atitude 67 e o inusitado “Torneio Pesque e Solte”, o cronograma de eventos mostra que a pequena cidade se anima para revisitar uma história marcada pela colonização tcheca e o espírito do guarani.

Fundada em 1921 pelo industrial tcheco Jan Antonin Bata – herdeiro da famosa indústria de calçados Bata – a cidade surgiu como parte de um projeto de colonização que parecia, no mínimo, improvável. Em pleno interior brasileiro, Bata sonhou com uma “água boa” para o seu empreendimento, e a fundação do lugar ganhou nome de inspiração indígena: Batayporã – onde “Bata” é o sobrenome do fundador, “Y” significa “água” e “Porã”, “bonita” ou “boa” na língua guarani. Aquele projeto se transformaria em município em 1963, após percorrer caminhos de subordinação aos vizinhos Bataguassu e Nova Andradina, até finalmente conquistar sua independência com a lei estadual nº 1967.

Nesta semana, a cidade celebra não só a própria história, mas também o espírito que seus habitantes moldaram ao longo dos anos. Além da missa e do culto evangélico previsto para quarta-feira, o calendário tem festa e música: na quinta-feira, o grupo Atitude 67 promete animar a noite, e no sábado, o Torneio Pesque e Solte marca o encerramento das festividades.