Missa, shows e torneio celebram os 61 anos de Batayporã, cidade com raízes indígenas e europeias
Com shows, missas e torneio de pesca, cidade comemora emancipação e lembra raízes inusitadas no interior do Mato Grosso do Sul.
FESTIVIDADESCom 10.953 habitantes, Batayporã, no leste de Mato Grosso do Sul, completa 61 anos hoje, 12 de novembro, com uma semana inteira de comemorações. Desde a missa na Igreja Matriz, logo pela manhã, até o show da banda Atitude 67 e o inusitado “Torneio Pesque e Solte”, o cronograma de eventos mostra que a pequena cidade se anima para revisitar uma história marcada pela colonização tcheca e o espírito do guarani.
Fundada em 1921 pelo industrial tcheco Jan Antonin Bata – herdeiro da famosa indústria de calçados Bata – a cidade surgiu como parte de um projeto de colonização que parecia, no mínimo, improvável. Em pleno interior brasileiro, Bata sonhou com uma “água boa” para o seu empreendimento, e a fundação do lugar ganhou nome de inspiração indígena: Batayporã – onde “Bata” é o sobrenome do fundador, “Y” significa “água” e “Porã”, “bonita” ou “boa” na língua guarani. Aquele projeto se transformaria em município em 1963, após percorrer caminhos de subordinação aos vizinhos Bataguassu e Nova Andradina, até finalmente conquistar sua independência com a lei estadual nº 1967.
Nesta semana, a cidade celebra não só a própria história, mas também o espírito que seus habitantes moldaram ao longo dos anos. Além da missa e do culto evangélico previsto para quarta-feira, o calendário tem festa e música: na quinta-feira, o grupo Atitude 67 promete animar a noite, e no sábado, o Torneio Pesque e Solte marca o encerramento das festividades.