Proposta de novo estatuto do Guarani busca modernizar gestão e preparar clube para SAF
Guarani propõe novo estatuto para modernizar gestão e abre caminho para SAF, com foco em transparência e controle.
CONFLITO DE INTERESSEO Guarani está desenhando uma grande reforma em seu estatuto. O esboço do novo documento, que ainda será discutido e poderá passar por alterações, traz uma série de mudanças pensadas para modernizar o clube e torná-lo mais transparente. Entre as novidades, o estatuto sugere a possibilidade de o Guarani se transformar em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o que permitiria que o clube passasse a ter investidores, mas ainda mantendo uma fatia de, no mínimo, 10% das ações.
Hoje, o Conselho de Administração do Guarani é composto por sete membros eleitos pela Assembleia Geral. A proposta quer reduzir esse número para três, que seriam eleitos em uma única chapa: o Presidente e dois Vice-Presidentes. Segundo o texto, a ideia é simplificar a estrutura e tornar as decisões mais ágeis. “O Conselho de Administração é um órgão de deliberação colegiada composto por três membros eleitos”, explica o documento.
Outra parte da proposta foca no Conselho Fiscal, responsável por supervisionar as contas do clube. O novo estatuto amplia as competências do Conselho Fiscal, permitindo que ele exija documentos e informações de qualquer departamento do clube. O objetivo, de acordo com o texto, é garantir maior controle sobre a diretoria.
No que diz respeito ao futebol, a gestão ficaria sob responsabilidade de uma Superintendência de Futebol, subordinada ao Conselho de Administração. Esta unidade cuidaria tanto do time profissional quanto das categorias de base.
Outras mudanças propostas incluem a redução do Conselho Deliberativo, que passaria a ter 30 sócios proprietários (antes eram 80), mais dois sócios-torcedores e conselheiros vitalícios, sem um número fixo. Também há regras para evitar conflitos de interesse, como a proibição de que ocupantes de cargos executivos tenham relações comerciais com atletas, ou que familiares de conselheiros sejam contratados sem autorização.
Para reforçar a transparência, o novo estatuto prevê a publicação de atas do Conselho Fiscal e a divulgação dos votos discordantes nas atas do Conselho de Administração, além da publicação de documentos das chapas candidatas, incluindo planos de metas, no site do clube.
O esboço, agora, segue para discussão entre conselheiros e associados, em um processo que deve definir o futuro do Guarani.