Drones levam drogas para presídios de Campo Grande e Agepen reforça segurança
Entrega de drogas por drones preocupa autoridades, que respondem com novas barreiras nos presídios da cidade
SEGURANÇANos últimos dias, uma série de flagrantes mostrou que drones estão sendo usados para levar drogas, celulares e outros objetos para dentro dos presídios de Campo Grande. Ao menos 11 pessoas foram presas nesta semana ao tentar usar essa estratégia para lançar pacotes com maconha, cocaína e acessórios no Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho (EPJFC), localizado no bairro Jardim Noroeste. Os casos aconteceram entre os dias 4 e 7 de novembro.
Como funciona o esquema com drones - A primeira ocorrência foi registrada na madrugada de segunda-feira (4), quando quatro jovens e um adolescente foram flagrados enquanto se preparavam para jogar drogas e celulares para dentro do presídio. A polícia encontrou o grupo próximo ao muro, carregando mochilas e pacotes prontos para serem lançados. Eles admitiram que, além dos arremessos manuais, estavam usando drones para sobrevoar e deixar os objetos no pátio.
Na terça-feira (5), outra tentativa foi frustrada após uma denúncia. Três homens e uma mulher foram abordados em uma casa onde estariam controlando um drone para levar drogas e outros objetos ao presídio. No local, os policiais encontraram celulares, carregadores, pacotes de cocaína e um drone adaptado para esse tipo de transporte. Mesmo negando o envolvimento, os quatro foram presos em flagrante.
A última ocorrência foi na madrugada de quinta-feira (7), quando policiais viram um homem suspeito em frente a uma casa perto do presídio. Ele tentou esconder pacotes com drogas e outros itens ao ser abordado. No local, os policiais acharam baterias, balanças de precisão e celulares embalados, tudo pronto para ser levado ao presídio por meio de drones.
Agepen adota novas barreiras para frear entregas com drones - A Agepen, que administra os presídios, informou que está tomando novas medidas de segurança para evitar essas entregas. Estão sendo instaladas telas e muros de contenção no presídio Jair Ferreira de Carvalho. No momento, essas barreiras já foram colocadas no pavilhão I, e o pavilhão II será o próximo a receber a proteção.
O diretor do presídio explicou que o trabalho de instalação das telas leva tempo, pois precisa ser feito quando os presos estão trancados. Essa restrição de horário faz com que o processo demore mais dias para ser concluído. A Agepen disse ainda que, sempre que drones suspeitos são avistados, a Polícia Militar é acionada para interceptar e seguir os suspeitos.
Com essa nova segurança, a Agepen espera reduzir o número de entregas ilegais, impedindo que drogas e celulares entrem nos presídios e garantindo maior controle do ambiente interno.