Corinthians pode ser punido por cabeça de porco jogada no campo contra o Palmeiras? Entenda
Cabeça de porco lançada em campo no clássico Corinthians x Palmeiras pode trazer multa ou perda de mando de campo para o clube.
INVESTIGAÇÃONo jogo entre Corinthians e Palmeiras no último domingo, dia 3, uma situação inusitada virou assunto: uma cabeça de porco foi lançada em direção ao campo, perto da linha de gol, aos 28 minutos do primeiro tempo. O Corinthians venceu a partida por 2 a 0, mas o incidente chamou atenção e colocou o clube no centro de investigações, tanto pela polícia quanto pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
O árbitro Wilton Pereira Sampaio relatou na súmula que a cabeça de porco foi jogada por torcedores do Corinthians. Outros objetos, como um copo e um isqueiro, também foram lançados, mas não entraram no campo nem atingiram o jogador Raphael Veiga, que se preparava para um escanteio. A cabeça de porco foi retirada por Yuri Alberto, que, inicialmente, pensou se tratar de uma almofada. “Quase quebrei o pé. Fui tirar com o pé e vi que não era”, comentou o jogador.
A situação foi registrada pela Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade). Dois torcedores que lançaram a cabeça de porco foram identificados e detidos. Segundo a legislação esportiva, o STJD pode aplicar uma multa ao Corinthians, além de punições mais severas, como perda de mando de campo, em casos de arremesso de objetos no gramado.
Possíveis punições e investigação em andamento - Pelas regras do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), o arremesso de objetos pode levar o clube a pagar uma multa que varia de R$ 100 a R$ 100 mil. Em situações mais graves, o clube pode até perder o mando de campo por até dez partidas. Mas há uma brecha: se os responsáveis forem identificados e detidos, o clube pode ser isento de responsabilidade. Nesse caso, como dois torcedores foram identificados e levados à polícia, o Corinthians pode evitar a punição mais grave.
O STJD ainda vai analisar a situação e usar a súmula e imagens das câmeras como provas para avaliar a responsabilidade do Corinthians. Enquanto isso, a polícia segue investigando e procura um terceiro envolvido, Rafael Modilhane, que, horas antes do jogo, gravou um vídeo comprando a cabeça de porco e falando sobre o plano de lançá-la no clássico.
O Corinthians poderá usar essas identificações e as imagens para se defender e tentar evitar sanções mais pesadas. A investigação continua, e o caso levanta discussões sobre a segurança nos estádios e o comportamento dos torcedores.