Risley Smith: entre rodas e histórias, uma paixão que veio de fábrica
Com décadas de experiência, Risley Smith faz da venda de BMWs mais que um negócio: ele cria uma conexão entre o passado, o presente e a velocidade
HISTÓRIAS DE CARROSRisley Smith Silva Anibal não parece carregar o peso das mais de cinco décadas que já viveu. Com a leveza de quem se define como “5.1 litros”, Risley circula pela Raviera Motors, a concessionária da BMW em Campo Grande, como se fosse parte do maquinário. Ele conhece cada curva de um carro, cada ruído de motor e, acima de tudo, entende o que faz as pessoas suspirarem por um BMW. Para ele, vender um carro nunca foi sobre o valor no papel. Foi, e sempre será, sobre o valor que ele entrega na vida de quem compra.
Há mais de dez anos na Raviera, Risley já recebeu milhares de clientes, e cada um deles sai da loja com mais do que apenas um contrato assinado. Sair dali significa levar junto as histórias que Risley conta com tanto entusiasmo. Ele fala de carros com o fervor de quem nunca perdeu o encanto pelo que faz. Um cliente não vai apenas ouvir sobre o câmbio automático ou o motor seis cilindros. Vai saber, por exemplo, que aquele BMW em especial é descendente direto de uma linhagem de campeões, de carros que foram feitos para quem gosta de dirigir, de sentir a estrada.
Tudo isso começou muito cedo, quando Risley ainda era uma criança em São Paulo. Naquela época, não havia BMWs na garagem da casa da família. Mas havia um carrinho de controle remoto chamado “Pegasus”, um brinquedo feito pela Estrela que era uma miniatura do lendário BMW M1 Procar. Era mais do que um brinquedo, na verdade: era o ponto de partida para o sonho. O BMW M1, o carro real que inspirava aquela pequena máquina, foi um marco nos anos 70. A BMW, naquela época, queria entrar no mundo dos carros de corrida com um motor central, o primeiro da sua história.
Entre 1978 e 1981, a BMW fabricou apenas 453 unidades do M1, um carro raro que ganhou fama ao participar de uma categoria chamada Procar. As corridas eram realizadas pouco antes das provas de Fórmula 1, e os espectadores viam os carros BMW disputando espaço nas pistas, aquecendo o asfalto para as máquinas da F1 que vinham logo depois. Era uma monomarca, ou seja, todos os pilotos dirigiam o mesmo modelo. E mesmo assim, a competição era feroz. Os motores seis cilindros em linha chegavam a 470 cavalos, e o carro fazia de 0 a 100 km/h em apenas 4,3 segundos, atingindo uma velocidade máxima de 311 km/h.
Se isso impressiona hoje, imagine na época. Risley, ainda criança, ficava de olho no seu Pegasus e sonhava em ver um M1 de verdade. Décadas depois, esse sonho se concretizou quando ele visitou o museu da BMW na Alemanha e ficou frente a frente com a lenda. Era como se o garoto em São Paulo tivesse, finalmente, realizado aquele desejo.
Hoje, Risley fala do M1 com o brilho nos olhos de quem não apenas viu um carro raro, mas também uma história de superação e inovação. Para ele, a BMW representa isso: uma busca incessante por aperfeiçoamento. Cada modelo que sai das fábricas da marca carrega essa filosofia. E é por isso que, ao apresentar um novo modelo a um cliente, Risley nunca se limita a descrever especificações técnicas. Ele conta a jornada da BMW, uma empresa que, em sua visão, nunca parou de evoluir.
Na Raviera Motors, os clientes saem com muito mais do que um carro. Saem com um pedaço dessa paixão que Risley faz questão de compartilhar. Ele sabe que, para muitos, comprar um BMW é realizar um sonho. E, para Risley, isso é o que importa. Tornar a compra um momento especial, algo para ser lembrado, é o que ele faz de melhor.
Ali, no showroom da Raviera, entre conversas animadas sobre motores e lembranças de corridas históricas, Risley continua vendendo sonhos — acelerados, potentes, com um emblema de três letras que ele aprendeu a respeitar ainda criança.