O reforço de Michelle Bolsonaro na campanha de Adriane Lopes: o segundo turno em Campo Grande
Programação da visita deve ser divulgada na segunda-feira (14)
ELEIÇÕES 2024Campo Grande está vivendo um segundo turno marcado por alianças e movimentos estratégicos. De um lado, a prefeita Adriane Lopes (PP) tenta se manter no cargo, buscando apoio de pesos pesados da política. Do outro, as expectativas sobre a movimentação dos candidatos e seus aliados só aumentam à medida que a eleição se aproxima. Agora, Adriane está prestes a ganhar um reforço de peso em sua campanha: Michelle Bolsonaro, a ex-primeira-dama e figura importante no cenário político recente, vai desembarcar na capital sul-mato-grossense para dar uma mão na corrida eleitoral.
Michelle Bolsonaro deve chegar a Campo Grande na próxima semana, com um evento marcado para a quinta-feira (17), segundo aliados da prefeita. A vinda de Michelle, confirmada por fontes ligadas à campanha, é vista como uma tentativa de dar “musculatura” à candidatura de Adriane, que busca assegurar a vitória no segundo turno. A presença da ex-primeira-dama pode atrair o eleitorado mais fiel ao bolsonarismo e fortalecer a prefeita junto ao público conservador, que, até então, parece dividido.
Esse apoio não chega sozinho. Há poucos dias, o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro gravou um vídeo declarando seu apoio a Adriane Lopes. No vídeo, ao lado da senadora Tereza Cristina (PP), Bolsonaro expressa seu desejo de que a prefeita tenha sucesso na reeleição. “Mais quatro anos à frente de Campo Grande”, afirmou o ex-presidente, em sua tradicional forma de endossar aliados. É o que muitos enxergam como o aval final para o eleitor bolsonarista da capital sul-mato-grossense.
A dança das alianças no segundo turno - A movimentação política em torno de Adriane Lopes no segundo turno tem sido ágil. Logo no início desta nova fase da campanha, o governador do estado, Eduardo Riedel (PSDB), também entrou no jogo, declarando seu apoio à prefeita. Isso mesmo depois de o Diretório Municipal do PSDB anunciar que adotaria uma postura de “neutralidade” no segundo turno, liberando seus filiados e lideranças para apoiarem a candidata que preferirem.
Riedel, que em tese poderia seguir a linha de neutralidade do partido, optou por oficializar sua preferência por Adriane Lopes. Essa escolha não só fortalece a campanha da prefeita, como também reflete a delicada teia de alianças locais e nacionais que se entrelaçam nessas eleições. No fim das contas, trata-se de uma disputa onde o apoio de lideranças importantes — locais e nacionais — pode fazer toda a diferença.
O peso de Michelle Bolsonaro em jogo - A chegada de Michelle Bolsonaro em Campo Grande não é apenas uma visita de cortesia. Ela carrega consigo o capital político acumulado nos últimos anos, principalmente entre o eleitorado mais conservador e evangélico, um segmento onde Adriane Lopes tenta consolidar sua base. Michelle já apareceu em diversas campanhas Brasil afora, especialmente quando se trata de defender aliados de seu marido e reforçar as pautas de valores cristãos e familiares. Sua participação no segundo turno de Campo Grande segue a mesma linha.
Michelle, com seu estilo discreto e discurso voltado para temas como família e religião, tenta canalizar apoio para Adriane Lopes, em um momento em que cada voto é importante. A campanha, já em clima de decisão, ganha um reforço considerável na reta final.
O segundo turno e a incerteza do futuro - Enquanto as alianças políticas se consolidam, o eleitorado campo-grandense observa e, talvez, aguarde para ver o que esses apoios trarão de concreto. O segundo turno em Campo Grande não é apenas sobre a escolha de uma prefeita, mas também sobre o alinhamento de forças políticas maiores, que têm reflexos em outras esferas.
Para Adriane Lopes, o apoio de Michelle Bolsonaro é um trunfo que pode fazer diferença em um momento decisivo. O desafio agora é transformar esse apoio em votos nas urnas, em uma disputa que está longe de ser resolvida. O cenário político local é complexo, e a chegada de figuras como Michelle Bolsonaro indica que, até o último minuto, muita coisa pode mudar. As alianças e declarações públicas de apoio continuam moldando o futuro da campanha, e o resultado ainda é incerto.
Na próxima semana, os olhos estarão voltados para Campo Grande, onde a política local ganhará os contornos de uma disputa que é, ao mesmo tempo, uma batalha pela prefeitura e uma peça do jogo político nacional.